Quote: hue_countero

Tem que estudar o mercado. Realmente a Devir/Coqui praticam preços de lacrado bem surreais. Mas eu penso assim: Uma box fechada com 15 cartas x 36 boosters = ~540 cartas. Um lojista é varejista. A Devir e Coqui são atacadistas. Eu vejo vender box como vender em atacado, realmente o preço vai ficar lá em baixo pela competição. Mas vender single (carta solta) é varejo puro. É nas singles que está o lucro do lojista. Visto que nenhuma pessoa física pode concorrer com vc, já que você pega por exemplo 20 boxs na Devir com frete grátis por transportadora. Você abrir a coleção toda. Todas os sets, raras míticas, foils. Tudo é vendível. Até aqueles lixões dá pra montar deck pra iniciante e vender a R$30,00 por exemplo. Então tudo baseia-se no varejo. Tenha uma logística boa, catalogue, organize e abra uma loja online. Vc vendendo aqueles lixões, arredondando pra R$0,50, uma carta que as lojas vendem a 0,10 é bastante lucro. Ou seja, tem que estudar o mercado.

Esta é uma estratégia inicial muito interessante, você adquire volume de cartas aleatórias e as comercializa de forma a maximizar o ganho. Obviamente as singles mais caras você vende carta a carta e as mais baratas monta lotes/decks que elevem o preço médio. Os produtos lacrados de fato não atingirão um valor interessante, a não ser que você gere estoque de produtos descontinuados que atinjam valor agregado maior (imagine um booster de BFZ daqui há uns cinco anos, a chance de abrir expeditions?).

Outra possibilidade é você montar produtos que agrupem elementos selados, mas que sejam fundamentalmente diferentes dos padronizados. Outro dia desses vi pela internet a combinação de bundle e caixa de booster a um preço que era inferior à soma dos dois mas superior ao preço unitário. Você pode comercializar também combinações inusitadas que a Wizards coloca em alguns selados: imagine um pacote de boosters "não standard", outro standard...pode parecer mais do mesmo mas ajuda você a girar o estoque e com margens baixas o segredo acaba sendo o giro, como já disseram.

Os eventos são interessantes, trazem jogadores que podem comprar produtos e pagar por inscrições, entretanto é preciso avaliar os requisitos e custos de alvarás para comercialização de comidas e bebidas.

Você já pensou em criar programas de relacionamento para os jogadores? Não só algo arcaico que dê prêmios, mas programas de relacionamento que tragam novos jogadores, que incentive a permanência na loja, que gere propaganda e por aí vai. Os jogadores de Magic, pelo que vejo, tendem a ser mais propensos a criar grupos e divulgar o jogo! Posso te garantir que diferentes jogadores esperarão diferentes recompensas, sejam promos mais restritas, descontos, boosters, acessórios personalizados, títulos de ranking e por aí vai.

Acredito que uma boa ideia é rascunhar mesmo o modelo de negócio e testar os diferentes públicos que você tem/teria, pois são necessidades muito diferentes (iniciantes não comprarão singles e veteranos dificilmente comprarão deck builder's toolkit, por exemplo). Confesso que não sei como funciona a compra e venda de cartas usadas quanto à tributação e a emissão de notas fiscais, o que sei é que a maioria não emite para tais transações.

Muita gente vai comentar sem considerar seus custos reais e esperando que você consiga vender a R$ 1 uma caixa à prazo no cartão, desconsidere...

Não sou lojista, mas penso em um dia abrir algo.