Banner LigaMagic
MTG101 - Terrenos e Matemática, Presente e Futuro
Os Alcances, e as alternativas.
Por
26/12/2016 10:00 - 11.674 visualizações - 9 comentários
 Banner LigaMagic

 

Segundo o clichê batido, “fim de ano é tempo de reflexão”. Refletir é também um importante passo no aprendizado, onde digerimos as coisas que aprendemos durante o curso de nossas vidas. É o momento de avaliarmos se o que estamos fazendo é certo ou errado, onde pretendemos melhorar e qual é o ponto de partida para o ano seguinte.

 

Claro que vamos falar de Magic e de toda a teoria e “regras de ouro” que fui colecionando ao longo do tempo. Nesses últimos anos, tenho aprendido um bocado. Até 2012 eu estava encostado e só então voltei para o jogo. Esse texto vai pretende ser um apanhado das coisas mais importantes que aprendi nesses anos, de jogador casual até regular no circuito de PPTQs.

Espero que vocês gostem de ler a história como eu gostei de passar por ela. 

 

 

Quando voltei, estávamos no fim do Standard de Innistrad. Ravnica era o próximo bloco. Como estava apenas voltando, não queria me comprometer tanto com o jogo (ah, se eu soubesse...), então comecei de baixo: com um monored. Provavelmente a lista era bem próxima disto:

 

[DECK 200356 NOT FOUND]

 

Como vocês podem perceber, a lista não estava fechada (nem perto!). Porém, era um baralho divertido. Ganhava às vezes e eu estava contente com isso. Mais do que ganhar, eu precisava REAPRENDER a jogar. Como sempre tive algum amigo jogando, estava a par das mudanças de regras que haviam acontecido no tempo em que estava afastado do jogo, então não cometia atrocidades muito grandes. 

No último pré-release que joguei antes do hiato, mana ainda causava burn...

 

Com esse deck aprendi algumas coisas, a maior parte delas relacionadas à deckbuilding. Essa foi a época onde mais me esforcei para aprender conceitos como curva de mana, relação entre fontes coloridas e custos de cards e, no geral, conceitos básicos que eu poderia aplicar na hora, mesmo levando em conta minha limitação financeira.


Terrenos - Quantidade, Variedade e Como Usá-los? 

 

Isso pode variar muito de deck para deck. Eu já usei decks com pouquíssimos terrenos, e decks onde quase metade dos cards eram lands. A regra básica é utilizar aproximadamente 40% de terrenos em seu baralho, o que dá entre 16-17 lands para Limited e 24-25 para Construído. 

 

Embora decks agressivos exijam menos terrenos no geral e sejam particularmente sujeitos ao flood, quando temos mais terrenos do que o necessário, minhas experiências das últimas duas temporadas Standard sugere que decks aggro com 22 ou 23 terrenos podem ser melhores do que decks hiperagressivos com exatos 20. Prova disso é que mesmo os decks mais agressivos do formato hoje, como o BR Aggro e o Mardu Vehicles acabam utilizando essa quantidade de terrenos. 

 

Eu não acho que isso esteja esculpido em pedra, entretanto. É uma tendência que tenho percebido, uma vez que mais terrenos abrem mais opções de cards, principalmente em estágios mais avançados do jogo. Talvez eu consiga ilustrar melhor assim:

 

Há muito tempo um entrevistador perguntou para Kai Budde, um dos melhores jogadores de Magic do mundo, por que é que os alemães sempre utilizavam um land a mais em seus baralhos quando comparados às listas dos outros países. 

 

“Talvez a gente goste de conjurar nossas mágicas mais do que os outros.” (Fonte)

 

Não basta, entretanto, saber apenas quantos terrenos utilizar. Essa é apenas a primeira variável quando falamos em bases de mana. Agora que eu sei que devo usar a quantidade suficiente de terrenos, que cores eles devem gerar?

 

Conforme fui pesquisando sobre as curvas de mana dos decks Sligh, cheguei ao excelente artigo do Frank Karsten “How Many Colored Mana Sources Do You Need to Consistently Cast Your Spells?” 
 

Até hoje esse é um dos artigos mais importantes sobre deckbuilding, e recomendo fortemente sua leitura. Porém se você, assim como eu no passado, estiver apenas atrás de uma resposta rápida para um problema, deixo as tabelas com os resultados alcançados por Frank.

 

Requisitos - 1 mana colorida (Elvish Mystic, Runeclaw Bear, Gray Ogre…)

 


Requisitos - 2 manas coloridas (Eidolon of the Great Revel, White Knight, Elvish Warrior...)

 


Requisitos - 3 manas coloridas (Boros Reckoner em um Monored/White, Cryptic Command)

 


Ou seja, para os formatos construídos de 60 cards, fazer um card de custo 1 no turno 1 necessitamos de pelo menos 14 fontes daquela cor que entrem desviradas. Custo 2 no turno 2 exige cerca de 20 fontes coloridas. E cards de custo 3 exigem 22 fontes. 

 

Aqui vale um lembrete: quanto mais fontes das cores desejadas, melhor. A menos que você esteja fazendo algo que seja melhor com a sua base de mana (como utilizando manlands que não geram mana colorida, ou Nykthos, Shrine to Nyx), eu não recomendo desviar muito desses valores. 

 

E agora que você sabe mais ou menos como deve se parecer a curva de mana, o que é que você pode conjurar com ela? Aí falamos de Curva de Mana propriamente dita, que é a “curva” que seu deck faz quando organizado por custos de mana convertido. 

 


Naquele tempo descobri decks como o Sligh. A “Fórmula do Sligh” é o conceito de curva de mana onde o objetivo principal era utilizar toda a mana possível todo turno. Como isso era feito? Um modelo matemático de custos de cards foi concebido por Jay Schneider há muito tempo, mas ainda pode ser utilizado, embora Magic tenha mudado tanto em tempos recentes que acredito que essa não seja a melhor forma de construir um baralho. Abaixo segue os custos dos cards como sugerido há tanto tempo:

 

CMC 1: 9-13 cartas
CMC 2: 6-8 cartas 
CMC 3: 3-4 cartas
CMC 4: 2-3 cartas 
CMC “X”: 1-3 cartas 
Burn: 8-12 cartas 
Terrenos: Quantas sobrarem


(fonte)

 

Não há segredo do CMC de 1 a 4, embora os outros precisem de explicações breves. 

 

Cards de CMC X podem ser jogados em diferentes pontos da curva de mana por possuírem custos de mana variáveis. Exemplos incluem Fireball e Avacyn's Judgment (quando conjurada através de seu custo de Madness). Burn, como o próprio nome indica são cards de interação para remover blockers OU finalizar o jogo. Cards como Lightning Strike, Incinerate, Incendiary Flow ou Fiery Temper. Recheie seu deck com cards eficientes nesses custos (normalmente a relação entre poder e custo de mana é relevante aqui) e você está pronto. Pelo menos teoricamente. ;)


Sinergia: O Enigma de Burning-Tree Emissary e a Distribuição Hipergeométrica

 

Ok, sabemos como o deck se parece, mas e se eu quiser colocar cards que interagem entre si para melhorar meu deck? Como fica isso?

 

Sinergia é o nome do jogo quando temos duas cartas que interagem positivamente. Burning-Tree Emissary mais uma combinação de cards que permita diversas mágicas em um turno, por exemplo. Ou cards com Loucura e cards que te façam descartar como custo adicional. 

 

Eu penso em termos de “Cards” e “Possibilitadores”. Burning-Tree é o card do qual quero abusar, os outros são os que tornam isso possível. No caso de Loucura, podemos dizer que Smuggler's Copter é um possibilitador para Fiery Temper. Experiment One e bichos maiores que ele, Hall of Triumph e Hordeling Outburst

 

 

Se um card tem uma mecânica que interage com X, eu gosto de usar pelo menos 8-12 cards com X para abusar. 4 Burning-Tree Emissary encontraram-se lado a lado com 4 Flinthoof Boar + 4 Lightning Mauler. 4 Smuggler's Copter, 2 Key to the City e 2 Lightning Axe fecham a conta para 4 Fiery Temper, e por aí vai.  

 

No caso específico de Burning-Tree Emissary, possuir 8 cards de CMC 2 conjuráveis através de sua habilidade de mana possibilitam encontrar a combinação de BTE+Card com uma probabilidade aproximada de 50%. Se aumentarmos isso para 12 (Rancor, Vexing Devil, Goblin Guide, você dá o nome) a probabilidade aumenta para cerca de 77%. Isso tudo levando em conta que estamos no turno 2 e você começou jogando. 

 

Foi procuranto esse tipo de informação que dei uma olhada por cima em uma área da probabilidade e estatística chamada distribuição hipergeométrica. Foi o que Frank Karsten fez ali em cima com os cálculos de fontes coloridas para conjurar mágicas em certos turnos. Porém, é claro que eu não me importaria com o tempo necessário para aprender a calcular tudo o que eu precisaria, então guardei algumas “receitas de bolo”. Por exemplo, os valores acima encontrei utilizando uma calculadora de distribuição hipergeométrica, na internet existem várias.

 

Também é através da distribuição hipergeométrica que podemos calcular a porcentagem de chance do oponente “ter” nas mãos algum card que eu não quero ver. Cards que anulam, Cóleras, peças de combo, e demais cards ao redor dos quais é necessário jogar.

Normalmente você desenvolve um tato especial para o que o oponente pode ter conforme joga mais e mais um formato. Porém, é sempre bom poder contar com a matemática, mesmo que aproximada. 

 

O jogador Alexander Shearer desenvolveu algumas fórmulas em seu artigo “Do Math, Play Better” com aplicações práticas para o mid game quando começamos a nos preocupar se o oponente tem algo ou quais são nossas chances de comprar o que nós queremos, caso ainda não tenhamos. Imagino que essas fórmulas sejam inspiradas na “regra do 2+2” do poker, para calcular as chances de acertar um card desejado.

 
Essa ainda é uma aplicação da distribuição da qual falei acima. Ela também serve para calcular a porcentagem de chances em que compramos uma “out”, ou um card que queremos naquele momento. 


O Problema do Flood

 

Jogando de Aggro, aprendi cedo o que era perder para seus próprio deck. Lands de mais, lands de menos, cores trocadas… Era uma vergonha. Algo que “estalou” na minha cabeça esse ano foi a utilização de Mana Sinks, ou seja, uma forma de escoar as manas que eu não usaria conjurando mágicas. 

 

Quando voltei a jogar, usava 2 Mutavault apenas por saber que era bom, mas não sabia exatamente o motivo. Conforme fui ganhando experiência, aprendi que usar suas manas é bom. Seja pagando por mágicas, ativando manlands, comprar cards, ou apenas para não deixar de usar, visto que é um recurso e precisamos otimizar o uso de todos os recursos que pudermos para alavancar nossa posição. 

 

Manlands, cards como Key to the City, Scrapheap, Den Protector e Geier Reach Sanitarium podem ser utilizados em diferentes momentos do jogo quando sobra alguma mana. Esse tipo de efeito é visto com mais frequência em baralhos maiores - Control e Midrange - mas existe possibilidade de integrar esse tipo de efeito em decks aggro também, se você não acabar atrapalhando o resto do deck. 

 

 

Conforme for possível integrar cards que brilham mais no meio do jogo, podemos explorar planos adicionais e complementares para dar uma “vitaminada” em um deck agressivo. Já que você quer fazer coisas com suas manas, por que não se aventurar com cards melhores e planos alternativos para depois que aquela Colera de Deus resolver e o oponente começar a estabilizar?


Alcance e o Lategame

 

Eventualmente, você VAI comprar dois terrenos seguidos e "perder o gás”. Algumas pessoas se conformam em cruzar os dedos e torcer para o oponente não estabilizar. Eu já calejei as mãos e fiquei com câimbras de tanto cruzar os dedos, então resolvi fazer algo a respeito: comecei a investir em Alcance (e não, não fiz splash pra Ishkanah, Grafwidow). 

 

Lembram-se de quando falei sobre Inevitabilidade? Normalmente o deck Control possui Inevitabilidade contra um Aggro, então o agressor precisa de um plano para quando o Control estabilizar (chamamos esse momento de “perder o gás”). 

 

Gosto de definir Alcance em termos de teoria como “um plano para quando o oponente estabilizar”. Assim que o agressor perde o gás, o plano que ele utiliza para terminar de vencer a partida pode ser entendido como Alcance. 

 

Em 90% dos casos, quando alguém fala em Reach, está falando em cards como Lightning Bolt, Fireball ou Shock, mas também podem ser criaturas evasivas (Flamewake Phoenix, Goblin Dark-Dwellers ou Thundermaw Hellkite), criaturas que se recusam a morrer ou são chatas de matar (Scrapheap Scrounger, Smuggler's Copter ou Chandra's Phoenix) e também permanentes complicadas de lidar (Cursed Scroll, Outpost Siege, planeswalkers). Algumas cartas se encaixam em mais de uma categoria, sendo excelentes como forma de “transição” entre o mid e o late game. 

 

Planos de Jogo Alternativos, Sideboard e Unindo Tudo

 

Agora que sabemos porque estou usando mais terrenos e porque quero encaixar cards estranhos nos meus baralhos, mesmo jogando de aggro, o que fazemos com isso? 

 

Depois de enjoar de jogar Standard na temporada passada, mudei de deck algumas vezes. Joguei de Atarka Red, RG tokens, RG Landfall e RB Dragons. Até a  manhã da final da 8ª temporada do Circuito Ligamagic eu ainda não tinha uma lista definida para o fim do evento. Então o que eu fiz? Adotei tudo do que gostava naquele formato:

 

[DECK 306810 NOT FOUND]

 

Abandonar o plano de combo do Atarka Red (com Become Immense e Temur Battle Rage) me pareceu errado no começo, mas jogando nos eventos anteriores a esse, sabia que era um deck aguardado (e odiado o suficiente nos sideboards!), optei por adotar um deck que fosse mais consistente e que não dependesse tanto de algumas poucas interações para vencer. 

 

A base de lands era do RG Landfall, que abria algumas jogadas maiores no midgame e pós side, além de me aproveitar de Den Protector.  A curva era baixa como a do RG tokens, de onde também emprestei a maior parte dos outros bichos e a remoção principal: Outnumber. Nissa, Voice of Zendikar era a “cola” que unia tudo e permitia ao deck vencer outros aggros, funcionando como um Hall of Triumph junto com Hordeling Outburst

 

 

No side, 4 Thunderbreak Regent emprestados do BR Dragons, junto com algumas remoções transformavam o baralho em um RG Midrange que não fazia feio, quebrando até mesmo os mais travados campos de batalha. Goblin Dark-Dwellers, Act of Treason e Yasova Dragonclaw também contribuíam limpando bloqueadores maiores. 

 

Esse verdadeiro Frankenstein me fez pensar que podemos estar em um momento onde pensar arquétipos como Aggro, Control, Combo e Midrange possa levar a algumas conclusões equivocadas, principalmente em se tratando do Standard.

 

Ainda existem baralhos parecidos com os clássicos, que definiram seus arquétipos, como os que citei em meus artigos sobre o tema. Porém, a maior parte dos decks hoje em dia no formato são uma coleção de diversos planos, estratégias e linhas de jogo para o início, meio e fim de jogo. A variedade que se pode encontrar mesmo dentro de um mesmo deck semana a semana e os detalhes das interações entre os vários baralhos diferentes é fascinante, mesmo em formatos unilaterais como o da temporada Standard atual. Os arquétipos podem parecer iguais, mas os jogos são bastante diferentes um do outro, o que é ótimo. 

 

-

Espero que vocês tenham gostado desse texto. Apesar de mais reflexivo do que os que costumo escrever por aqui, muitas vezes é necessário que recalibremos o que temos feito para tentar melhorar enquanto jogadores. Eu sei que melhorei esse ano, principalmente em termos de consistência. 

 

Em Mastery, um dos melhores livros que li esse ano, o autor George Leonard afirma que o caminho para o domínio de uma atividade é, na maior parte do tempo, composto por sua prática contínua e não pela busca de resultados. 

 

Apenas em alguns momentos ocorrem saltos qualitativos na capacidade de um indivíduo. Chamados de “atalhos”, “hábitos” ou “memória muscular” esses saltos representam a aquisição plena de um conjunto de habilidades que fazem parte daquela atividade. Como quando você deixa de pensar em como fazer algo, pois já repetiu tantas vezes que se tornou automático.  

 

Magic é um dos jogos mais completos, difíceis e em mudança que há para se aprender. O caminho é longo, mas se pusermos de lado os resultados e abraçarmos como objetivo a prática consciente do mesmo, encontraremos evolução. 

 

Dispensados!

 

Ah! Mais uma coisa: Não deixem de participar da coluna. Assim como no ano passado, gostaria de ouvir as sugestões de vocês sobre o conteúdo que vocês querem ver por aqui. Não se esqueçam de deixar um comentário ou uma PMSG com suas dicas para 2017! Até o ano que vem, que suas festas sejam repletas de Mox Sapphire

 

Comentários
Ops! Você precisa estar logado para postar comentários.
(Quote)
- 17/02/2017 11:32:53

Estamos aí tentando ajudar! Eu quem sou grato pelo seu comentário. :D

(Quote)
- 16/02/2017 23:28:58
Excelente artigo!! Era o que eu já devia ter lido antes e é fundamental pra melhorar meu deckbuilding. Obrigada! =D
(Quote)
- 27/12/2016 15:11:27
verdade @Magic_Sharingan, mas o site da liga sempre foi assim, bem zuado p referencia de cartas e de links também

Curti o artigo @laranja_ ! as referencias são boas, mas a melhor parte é o que conseguiu adicionar a esses conteúdos (que já são bem "completos"), parabéns pelo texto!
(Quote)
- 27/12/2016 10:58:47
O artigo é bom... porem o programador da ligamagic, fez o trabalho mais podre q eu já vi na minha vida.

Ou então ele é algum tipo de sádico q pensa "eheheh, vou por um hiperlink aqui, porem quando os caras passarem o mouse pra ver a carta, ele vai ver os comentarios, ai de acordo com os comentarios o usuario descobre o q a carta faz".
(Quote)
- 27/12/2016 08:54:16

Valeu, galere! Não se esqueçam de participar da coluna, caso desejem. :D

Últimos artigos de
MTG 101 - Vantagens, Tempo e o Fogo
Desenvolvendo a Filosofia do Fogo.
7.992 views
MTG 101 - Vantagens, Tempo e o Fogo
Desenvolvendo a Filosofia do Fogo.
7.992 views
20/12/2017 10:00 — Por Raphael Soares Bonfim
Ixalan e o Duel
A nova edição e o Duel Commander.
3.325 views
Ixalan e o Duel
A nova edição e o Duel Commander.
3.325 views
21/09/2017 10:00 — Por Raphael Soares Bonfim
O Duel Commander para o CLM
O estado do formato após a nova banlist.
3.911 views
O Duel Commander para o CLM
O estado do formato após a nova banlist.
3.911 views
19/07/2017 10:00 — Por Raphael Soares Bonfim
Combatendo o Tilt
Se preparando para grandes eventos.
3.572 views
Combatendo o Tilt
Se preparando para grandes eventos.
3.572 views
11/07/2017 10:00 — Por Raphael Soares Bonfim
Vislumbrando o Futuro
Duel Commander x MTGO
3.466 views
Vislumbrando o Futuro
Duel Commander x MTGO
3.466 views
12/06/2017 18:05 — Por Raphael Soares Bonfim