Aqui começa de fato a história do bloco de Tempestade, apesar de nossos heróis terem surgido no último bloco de Miragem, Alísios, a aventura da tripulação se inicia quando eles chegam em Rath.

Para fazer a travessia, nossos heróis não se utilizaram da ajuda de planinauta nenhum. O Bons Ventos, até onde eu sei, foi e é o único artefato com o poder da centelha de um planinauta. Sua matriz de energia permitia com que ele transplanesse pelos planos e levasse indivíduos com ele. Assim que as Eternidades Cegas ficaram para trás, os céus nebulosos de Rath se apresentaram perante a tripulação.

Desolado e com céus revoltados, o Bons Ventos sobrevoava essas terras ermas. Para que você tenha uma ideia de como esse plano era instável e prigoso, Starke de Rath, que era nativo, admitiu que nem mesmo um nativo poderia caminhar por aqui com segurança pelo fato de que, a paisagem estava em constante alteração. Porém, mal nosso grupo de heróis chegou, foram recepcionados pela desolação de Skyshroud.

Volrath, que já sabia da investida de Gerrard para resgatar Sisay, mandou que Greven il-Vec lhes concedesse uma recepção calorosa com a embarcação que viria a ser conhecida como a nêmeses do Bons Ventos.
O navio estandarte Predador...

O Predador foi construído para ser a força que se oporia ao Bons Ventos. Uma embarcação com quinhentos pés, feita de metal e tecnologia Phyrexiana. Ela era fortemente blindada e excessivamente armada. Seu design mostra que ela é bastante antiga – nada comparado a essas embarcações aladas de Kaladesh – Seus mastros foram feitos de marfim de algum besta grande o suficiente para permitir isso, e as velas parece que foram feitas do coro da mesma besta abatida. Há uma vela estabilizadora que está acima e mais duas alongadas em forma de V adicionadas para impulsionar quando os ventos forem favoráveis.  Quando não é necessário, o mastro ventral inferior é dobrado entre as velas laterais. Um leme de metal direciona os exaustores duplos para a direção horizontal. Os mastros e equipamentos não apresentam correntes ou cordas como os outros navios, mas existe um metal preto que se assemelha a rochafluente. 

O Predador possui oito conveses que reúnem oficiais, canhões e balistas e, quartos para as centenas de moggs que atuam como fuzileiros navais, e uma vastidão de carga. Além disso, existe uma enorme arma que pode ser usada como arpão  que poderia transmitir a corrente elétrica abaixo do seu cabo, ou atear fogo diretamente. A propulsão principal vem de um motor Phyrexiano alimentado por uma abertura dimensional, vomitando um gás tóxico de alta pressão. Esta abominação semi-viva, abrigada no convés mais baixo do navio, fornece a maioria das necessidades energéticas do navio, principalmente o impulso motriz. Se necessário, o motor pode rastejar para fora do navio quando ele precisa de manutenção. Quando não anda, suas pernas se encaixam nas anteparas. 

Mas como o Predador encontrou o Bons Ventos tão rápido?
Parece que uma velha conhecida decidiu se ajuntar a festa de boas vindas...

Com a ajuda de Selenia, Greven encontrou sua presa. E foi uma surpresa ainda maior para Crovax saber que sua amada ainda estava viva.

Apesar de a armadilha ter sido preparada engenhosamente, Gerrard já estava preparado para o confronto.

“Essa não será uma luta justo. Eles deviam ter trazido um segundo navio!”
 

E depois dizem que Ertai que era o soberbo... uma curiosidade que esqueci de mencionar anteriormente. A tripulação do Bons Ventos não era resumida somente a Sisay, Hanna e etc. mas houve outros homens que ajudaram a tripular o navio.  

Abaixo vocês têm o nome dos tripulantes, quando e onde morreram.

E do meio daquela multidão de Moogs, aparece aquele que seria a nêmeses de Gerrard durante sua estadia em Rath. O traidor dos Vec, cuja maior missão era levar Gerrard cativo para seu amo e senhor, Volrath.

Sinceramente, Gerrard não seria páreo para essa montanha de músculos se não fosse pelo projeto Bloodline de Urza. Greven foi tecnologicamente alterado graças ao seu implante dorsal que, além de permitir com que ele tivesse essa força bruta, permitia que Volrath o comandasse.

O Comandante Gerrard até tentou lutar de igual para igual com Greven, mas parecia que isso não seria possível. A diferença de poder entre eles era absurda... era como se Greven possuísse um prazer sádico em ver os outros sofrerem e sentirem dor.

O que parecia ser uma luta vencida, por Greven é claro, teve uma reviravolta súbita. Repentinamente, os canhões do Predador disparam contra o Bons Ventos dando uma guinada na situação de Gerrard. Mas acredito que esse disparo foi o que permitiu com que ele vivesse mais um dia, pois sua derrota era eminente. 

E de quem foi à brilhante ideia de disparar?

Nada mais, nada menos do que o imediato do Predador, Vhati il-Dal.

Ao perceber a asneira que seu imediato fez, Greven decide se retirar já que, em partes, ele havia conseguido o que tinha ido buscar. Sua missão não era somente levar Gerrard com vida, mas recuperar os artefatos do Legado para Volrath. 

Mas não podemos esquecer que Karn também fazia parte do Legado. O golem de prata ainda estava pacificado, incapaz de ferir ou tirar uma vida. Seu lema consistia em defender Gerrard a qualquer custo, mas sem tirar vidas... o que não fazia o menor sentido porque para defender alguém que ele amasse alguns sacrifícios eram necessários. Mas infelizmente o golem de prata se entregou e deixou que os Moggs o levassem sem problemas.

E enquanto alguns lutam, outros se rendem parece que alguns se escondem do perigo.

Nosso querido grumete goblin fugiu diante do primeiro sinal de perigo. Não o julguem mal, Squee possuía uma inteligência acima da média – para um goblin – mas um goblin sempre será um goblin no final das contas.
Enquanto uns lutavam, uns se rendiam, uns se escondiam outros pulavam...

Tahngarth teve a ‘brilhante’ ideia de saltar no Predador e invadir o navio sozinho para resgatar Karn. O que não preciso dizer, não foi uma de suas melhores ideias até hoje.

Referências, referências everyhere!!!

Após o súbito ataque de Vhati il-Dal a nau voadora, toda esperança parecia que caía junto com Gerrard.

Uma das coisas que sempre amei no bloco de Tempestade era que, se você pegar as cartas e fizer uma montagem você consegue recriar a história da Saga, quase como se fosse um gibi de cartas. 

Enquanto ele caía, memórias de um passado remoto percorriam pela mente de Gerrard... um tempo aonde ele podia determinar seu destino, ou, pelo menos, tentava.

E aqui parece que a lacuna temporal foi resolvida. 

Eu, de fato, nunca soube ao certo como Gerrard e Sisay se conhecerem, mas aqui encontramos Rofellos e Gerrard em alguma taberna – provavelmente em Benalia – jogando dardos quando são desafiados por uma mulher. E a aquela altura, ele não recusaria nenhum desafio. O mais interessante foi que o desafio proposto por Sisay não foi o “dobro ou nada”, mas uma proposta de emprego. Se ele vencesse poderia ficar com o ouro, mas caso perdesse eles começariam a trabalhar para ela como membros da tripulação com a garantia que, nessas aventuras haveria muita ‘deverão’.

EMPATE!

Isso é o que acontece quando dois meta humanos decidem duelar. Como não havia como determinar o vencedor, Sisay pede para que o trio de Gerrard a acompanhasse para buscar outra faca – sabedoria feminina – e é nesse momento que ela apresenta a ele sua maior herança: o Bons Ventos. Ela sugere que eles deveriam reconsiderar sua oferta e para surpresa de todos, eles decidem se ajuntar a tripulação.
 

Mas é claro que tudo não passou de uma estratégia bem orquestrada para que Gerrard se aproximasse do Legado e do seu destino. Desde sempre sua vida foi guiada e moldada por terceiros para que fizessem o que ele deveria fazer e não o que ele quisesse.
É por isso que no flavor text dessa carta, Gerrard finalmente aceitou qual era sua missão e destino em Dominaria.

Ahhh, mas até que esse herói fosse moldado, foram argumentos, lutas, mortes e tragédias para que Dominaria ganhasse seu campeão... Sisay que o diga.

Sisay tentou de diversas formas fazer com ele se interessasse pelos artefatos do Legado, mas foi em vão. Gerrard era teimoso e relaxado quanto a tudo isso. E enquanto ele não era vencido por ela, Tahngarth parecia não criar muita simpatia por nosso herói. O vínculo entre os dois somente surgiu após a morte de Rofellos, mas até que isso acontecesse, os dois viviam brigando e discutindo com relação a todo esse papo de destino. Para Tahngarth, Gerrard era uma causa perdida que Sisay estava desperdiçando seu tempo.
Nem mesmo Hanna conseguiu convencê-lo do contrário e olha que tentaram até atiçar sua ganância, relatando os valores incalculáveis do Legado.

Bem, com essa queda longa, ele teria muito tempo para relembrar de suas antigas burrices.

Mas agora não era o momento de ele morrer, não quando se tem um anjo da guarda...

Selenia, que agora não servia mais a Crovax, pretendia levá-lo para Volrath, mas Gerrard optou pela morte do que se tornar um marionete nas mãos de outro. Ele conseguiu se desvencilhar das garras do anjo e caiu na sombria floresta de Skyshroud.
Enquanto isso, a bordo do Predador... era a hora de ajustar certas contas.

“Não pense... isso não combina com você.”

Comandante Greven estava furioso por dois motivos:

Primeiro, graças a artimanha de Vhati il-Dal, Gerrard estava ‘morto’. E graças a isso, agora Greven teria que dar satisfações de sua falha para Volrath, o que seria algo extremamente doloroso.
 

Segundo, se você pretende matar seu superior, certifique-se que conseguirá realizar essa ação com êxito. 
 

Ele sabia que Vhati tentou matá-lo para tomar seu lugar como capitão do Predador – Vhati era imediato do navio – e já que, graças à incompetência dele, a missão havia falhado, nada mais ‘justo’ do que ele morrer da mesma queda que levou Gerrard.

“A queda te dará tempo de pensares em teu fracasso.”

Parece que quedas fazem com que as pessoas pensem bastante, único problema é a aterrissagem.

E no meio a tantas quedas e flashbacks, encontramos o momento que talvez tenha aproximado Gerrard de Tahngarth, fazendo-os se tornarem grandes amigos.

Nada como uma boa briga de taverna para unirem até os maiores inimigos.

Selenia retornou para o Predador com as más notícias de que Gerrard não havia sobrevivido. Mas não podemos esquecer que, Tahngarth estava vivo ainda e escalando as anteparas do navio. Ele conseguiu escalar e partiu em busca de seu companheiro Karn.

Após um breve diálogo filosófico com Karn sobre consciência, morte e remorso, Tahngarth é descoberta pela patrulha de Moggs que invadem o aposento. Porém, nós sabemos que meros goblins não são páreo para o campeão de Talruum, então, eis que surge o Comandante para refrear aquela ameaça.

A luta desses dois titãs poria terror até nos maiores heróis de Theros. Tahngarth era um exímio lutador, mas mesmo sua força natural – que era avassaladora – não era párea para a tecnologia Phyrexiana.

O embate terminou com a vitória de Greven e o aprisionamento de Tahngarth e Karn, ambos sendo levados cativos para a Fortaleza.

Agora, realmente parecia que toda e qualquer esperança deveria ser abandonada...

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Aqui encerramos o que seria o volume II da HQ conhecida como ‘Gerrard’s Quest.’ Essa HQ foi produzida pela editora Dark Horse e traz muitas curiosidades que ficaram, até então, perdidas pelo tempo. Como em meu último artigo eu não havia encontrado ainda essas HQ e, somente depois que comecei a escrever esse artigo é que descobri que elas já estavam aqui para download.

Não utilizei o volume I pelo fato de que ele retratava a narrativa de quando Rofellos morreu. Mas utilizarei algumas cenas para ilustrar e desvendar algumas curiosidades.

Nessa cena encontramos o pai e o irmão de Crovax, Jolav. Isso foi novidade até para mim, pois nunca soube da existência de tal irmão. O pai de Crovax foi morto pelo ataque das bestas Gallowbraid e Morigfen.

O misterioso artefato que ele carregava que fazia com Selenia o obedecesse, era uma pequena joia.

Após a batalha, Crovax, tomado por sentimentalismo barato, decidiu libertar Selenia acreditando que ela lutaria por ele por amor.

Caso vocês tenham interesse em ler as HQ, acessem a seção de Storyline e dêem download.