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Ad Nauseam com Amonkhet
Análise do novo meta e Open do CLM.
19/05/2017 10:00 - 16.504 visualizações - 11 comentários
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Olá! No artigo de hoje, pretendo trazer minhas atualizações sobre o Ad Nauseam após a Final do CLM da temporada anterior e a breve análise dos cards de Amonkhet na época do spoiler.  Participei em algumas etapas dos regulares do CLM Modern na Magic Domain e Epic Game, em São Paulo, e na Caverna do Dragão, em Santos, liderando o ranking em Santos com três vitórias nas três etapas realizadas, e conquistei a vaga direta e o BYE 1 para a Grande Final no Aberto disputado na Magic Domain.


De alguns meses para cá, especialmente com o banimento de Gitaxian Probe, e consequente enfraquecimento do Infect (disparado o pior matchup), o Ad Nauseam vem ganhando mais espaço no ambiente, com a ascensão de algumas estratégias mais lentas como U/W Control, geralmente bons matchups para o combo. Com isso, além dos adeptos convencionais que já jogavam com o deck ou começaram a usá-lo acompanhando os artigos aqui na LigaMagic, o baralho ganha também jogadores buscando “a boa” para o formato, e com isso a demanda por conteúdo específico sobre o deck cresce. 


Dessa forma, hoje pretendo tratar como alguns cards da edição nova se comportaram, as tendências que o baralho vem seguindo especialmente com a vitória no SCG Classic em Atlanta no final de Abril, nas mãos de Doug Lambert, e, por fim, compartilhar a lista e a justificativa das escolhas que venho utilizando.

 

Amonkhet: As Foretold, Glorious End e Censor.

 

 

Dificilmente nas coleções lançadas para o Standard uma grande variedade de cartas entra como material cogitável para arquétipos estabelecidos no Modern, e o simples fato de existirem uma variedade de opções discutíveis para o Ad Nauseam, que possui cerca de 95% das mágicas já padronizadas e estabelecidas, pode ser considerada um ponto a favor de Amonkhet.


As Foretold foi cogitado principalmente pela sinergia com Lotus Bloom, além de permitir conjurar Cantrips/Spoils gratuitamente e combar com apenas 5 manas fazendo Angel's Grace pelo encantamento e Ad Nauseam da mão – com o potencial de gerar valor no late game contra baralhos Control, permitindo forçar 2 Ad Nauseam no mesmo turno. Porém, gastar um card e três manas na fase principal para não ter impacto imediato na mesa e progredindo pouco para o combo não é onde o deck quer estar. As Foretold pode ser um card com muito potencial “adormecido”, mas certamente precisa de mágicas de impacto alto, como Restore Balance e Ancestral Vision, já no primeiro turno para se beneficiar ao máximo, exigindo um arquétipo voltado para ele – na atual build do Ad Nauseam não encontrará espaço.

 

Glorious End pareceu uma alternativa interessante para ganhar um turno extra quando necessário para acelerar o jogo e combar no turno seguinte, especialmente contra decks que têm um clock mais rápido que o do Ad Nauseam como Infect e algumas mãos do Affinity e do Naya Blitz. Porém, novamente, 3 manas é um custo muito alto para uma carta situacional (afinal, se você não tiver o combo no turno seguinte, um Phyrexian Unlife e Angel's Grace funcionam melhor sendo peças do combo e ganhando tempo extra, ou mesmo os Fogs do sideboard). A instantânea vermelha também faz correr o risco às vezes desnecessário de jogar esse turno a mais e perder para alguma outra interação como Spell Pierce. Lembrando que, caso usado de maindeck, boa parte das matches você não vai ter a necessidade desse efeito “pseudo-Time Walk”, e ele vai ficar parado em sua mão ocupando o slot de alguma mágica de business, como interação (que pode te comprar esse mesmo turno a mais) ou cantrips.

 

Vi algumas pessoas testando Censor, no slot de Sleight of Hand, como possibilidade de interagir com algumas mágicas difíceis de lidar do adversário ao mesmo tempo em que cicla quando precisar cavar alguma peça do combo. Por apenas uma azul, o custo do Cycling é baixo, mas esse tipo de mudança torna o deck menos focado em executar seu plano principal que é forte o suficiente contra boa parte do field, especialmente no G1 – a quantidade de jogos perdidos por não encontrar o Ad Nauseam não é trivial, e trocando um Cantrip que cava 2 cartas por uma interação que pode cavar por uma, ou ocasionalmente te permitir mais draw steps dependendo da mágica que for anulada é uma troca que não é sempre vantajosa. Fora que para “quebrar a curva” do oponente, manter 2 abertas pode atrasar seu próprio desenvolvimento.


Uma das coisas que mais prezo nas escolhas para o deck é a eficiência no custo de mana. Usando apenas 20 terrenos, com alta quantidade que entram virados e as Gemstone Mine, que têm “prazo de validade”, custar 1 ou 2 manas é a diferença entre a vitória e a derrota muitas vezes. Por esse motivo, prefiro utilizar Ethereal Haze ao invés de Pollen Lullaby como efeito Fog, além de contar mais um ponto a favor de Spoils of the Vault, ao invés de Peer Through Depths. Nesse quesito, as três opções acima deixam a desejar, custando mais manas do que efeitos similares ou até mais eficientes, sendo a mais promissora até agora o Censor.

 

Gideon of the Trials

 

 

O novo Gideon merece um parágrafo à parte. Ele é cogitado principalmente para o slot de Phyrexian Unlife, como alternativa para combar. Os principais pontos em favor do Gideon são a possibilidade de usar Pact of Negation sem precisar de Angel's Grace ou de 3UU na próxima manutenção, e ocasionalmente o corpo 4/4 incomoda a problemática Liliana of the Veil e ganha mais tempo que Unlife contra decks que busquem fechar o jogo com apenas uma ameaça (caso de Grixis Control com Tasigur, the Golden Fang, U/W com Snapcaster Mage /Celestial Colonnade e até algumas mãos mais rasas em ameaças das variações de Death Shadow). Na Mirror ele também brilha, já que coloca uma proteção que vai exigir que o oponente combe tendo que ter muito mais manas sobrando, precisando gastar recursos nele , enquanto o próprio corpo 4/4 coloca pressão sem ter que comprometer-se com o combo forçando o oponente a agir.

 

 

Em contrapartida, Gideon apresenta algumas desvantagens em comparação ao Phyrexian Unlife. O custo duplo branco pode atrapalhar algumas vezes, principalmente nas listas que usam Island, Dreadship Reef, Tolaria West, Nephalia Academy, Urborg, Tomb of Yawgmoth e outros terrenos de utilidade. Ele também interage mal contra uma mesa recheada de criaturas, no máximo salvando 3, 4 pontos de vida pelas criaturas que precisam atacá-lo, mas ficando sem a peça do combo na mesa para o Ad Nauseam. Contra Burn, Affinity, Merfolks, Elfos e similares o Unlife ganha o mesmo um turno no pior cenário possível e permanecendo na mesa para o combo no turno seguinte, ou dois/três turnos dependendo da mão e do clock do adversário – sem contar as partidas que o oponente não sabe exatamente como funciona a interação entre 0 de vida ou menos e os marcadores de Infect.


Entretanto, ainda vejo o encaixe do Gideon como possível tanto no MD quanto SB. O quarto Phyrexian Unlife, apesar de ser utilizado pela maioria das listas, ainda se enquadra em um dos “slots flexíveis”, e a maior parte das versões com Gideon vêm utilizando uma divisão com 3 Unlifes e 1 Gideon.

 

SCG Classic Atlanta

 

Ad Nauseam, por Doug Lambert
 
09/05/2017
R$ 1.043,33
R$ 3.224,24
R$ 17.469,70
 
09/05/2017
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (5)
4   Espírito-Guia Símio   1,49
1   Maníaco do Laboratório   12,50
Mágicas (23)
3   Pacto de Negação  61,99
2   Despojos da Câmara  0,46
4   Graça do Anjo  14,17
4   Truque de Mãos  0,25
4   Visões do Soro  1,79
1   Tempestade Relampejante    0,34
1   Ensinamentos Místicos   0,09
4   Até Enjoar    63,99
Artefatos (8)
4   Desabrochar do Lótus 4,99
4   Pentaprisma  0,20
Encantamentos (4)
4   Morte-Vida Phyrexiana   1,00
Terrenos (20)
4   Costa do Mar de Cromo 17,50
1   Ilha 0,00
4   Litorais de Mancha Negra 16,15
4   Mina de Pedras Preciosas 7,95
1   Planície 0,00
2   Templo da Iluminação 0,45
4   Templo do Engano 0,50
60 cards total

Sideboard (15)
1   Pacto de Massacre  4,50
1   Pacto de Negação  61,99
3   Capturar Pensamento  64,90
1   Empurrão Fatal  5,60
2   Retorno de Hurkyl   8,36
1   Verdade Reverberante   0,81
4   Linha de Força da Santidade    5,99
1   Divindade do Pavor      8,02
1   Elspeth, Campeã do Sol    6,39

 

A única mudança na estrutura do maindeck é a utilização de 1 Mystical Teachings ao invés do 3° Spoils of the Vault, que embora não seja um dos meus cards favoritos justamente pelo fator custo de mana, com o ambiente ficando mais lento com a ascensão do U/W Control um Teachings funciona como tutor para esculpir o combo (qualquer uma das peças, Pact of Negation ou o Spoils para combar de Laboratory Maniac), grinda recursos com o Flashback contra descartes e é tutor para as bullets do Sideboard.

 


 

A principal tecnologia de Lambert, entretanto, está no Sideboard. Elspeth, Sun's Champion já é velha conhecida dentre o rol de bombas, que inclui Grave Titan e Dragonlord Dromoka, e é uma das preferidas contra Bant Eldrazi e Death’s Shadow. Porém, Godhead of Awe ataca direto o atual bicho-papão do formato. Caso o oponente mantenha removal no pós-SB, ele escapa de Fatal Push, Tarfire e Lightning Bolt, e automaticamente mata todos os Shadows por simplesmente entrar em jogo, além de inutilizar os Tarmogoyf.

 

 

Fatal Push, assim como outras opções, como Condemn e Path to Exile ocasionalmente vêm sido vistos em 1-2 nos Sideboards para fortalecer a match contra DS, ao invés dos efeitos “Fog” utilizados especialmente contra decks rápidos como o Infect. Com a sua participação no metagame diminuída, vemos na versão de Atlanta a ausência desses efeitos em prol das remoções diretas contra DS.
Visando especificamente essa matchup, gosto das alterações no Sideboard de Lambert, embora particularmente para o ambiente que ando enfrentando nos CLMs não tenho visto tanta quantidade de DS a ponto de exigir essas mudanças, tendo preterido remoções por mais cartas para manter a linearidade do combo no pós-SB, plano mais interessante contra outros decks agressivos e pendendo mais para o lado “injusto” do formato.

 

Ad Nauseam, por Sandoiche


 
08/05/2017
R$ 1.113,57
R$ 3.168,54
R$ 15.504,18
 
08/05/2017
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (5)
4   Espírito-Guia Símio   1,49
1   Maníaco do Laboratório   12,50
Mágicas (23)
3   Pacto de Negação  61,99
2   Despojos da Câmara  0,46
4   Graça do Anjo  14,17
4   Truque de Mãos  0,25
4   Visões do Soro  1,79
1   Tempestade Relampejante    0,34
1   Ensinamentos Místicos   0,09
4   Até Enjoar    63,99
Artefatos (8)
4   Desabrochar do Lótus 4,99
4   Pentaprisma  0,20
Encantamentos (4)
4   Morte-Vida Phyrexiana   1,00
Terrenos (20)
4   Costa do Mar de Cromo 17,50
4   Litorais de Mancha Negra 16,15
4   Mina de Pedras Preciosas 7,95
1   Planície 0,00
1   Recifes da Nau-Terror 0,10
3   Templo da Iluminação 0,45
2   Templo do Engano 0,50
1   Urborg, Tumba de Yawgmoth 99,99
60 cards total

Sideboard (15)
1   Pacto de Massacre  4,50
1   Pacto de Negação  61,99
1   Recifes da Nau-Terror 0,10
2   Bruma Etérea  0,49
2   Capturar Pensamento  64,90
2   Retorno de Hurkyl   8,36
1   Verdade Reverberante   0,81
4   Linha de Força da Santidade    5,99
1   Dromoka, Soberana Dragoa    54,53

 

Com 6 Templos e 8 Fastlands, a quantidade de terrenos que entravam virado estava me atrapalhando em alguns jogos; cheguei a baixar para 4 Templos (com 3 U/B e 1 U/W) com Urborg e a segunda Planície no lugar deles, e subi o segundo U/W no lugar da planície por causa das mãos com 1 ou 2 terrenos e a necessidade em ter azul com elas para os Cantrips. Como terreno desvirado, tenho gostado bastante da Urborg, Tomb of Yawgmoth, por permitir que as Gemstone Mine continuem virando para mana genérica em partidas mais arrastadas, além de gerar duas pretas de uma vez só para fazer o Ad Nauseam contra decks que tentem atacar suas manas com Fulminator Mage e Spreading Seas (casos de U/W que vem numa crescente, e Living End, que ganhou brinquedos novos com Amonkhet). Mesmo em alguns jogos que abre com Gemstone Mine e precisa conjurar Cantrip/Pentad Prism, o Urborg ajuda a mantê-la viva e útil para o terceiro turno em diante.

 


Os Dreadship Reef, tanto no main como no side, são aliados importantes principalmente nos jogos pós-side, já que ajudam a acelerar as manas sem precisar do Pentad Prism na mesa, fazendo a diferença para contornar hates de artefatos, como Stony Silence e Ancient Grudge, e para as partidas contra decks Control, permitindo jogar muitas mágicas em um turno crítico para sobrecarregar as respostas do adversário. De quebra, o segundo no sideboard cobre a ausência de Boseiju, Who Shelters All servindo para as mesmas matchups.

 

Spoils of the Vault, apesar de ser um dos cards que mais me agrada no baralho, em alguns jogos mais arrastados realmente ele fica “preso” na mão; portanto, cedi à tendência de cortar o terceiro por um Mystical Teachings no main, que pudemos ver na lista do SCG Classic. No Aberto CLM que consegui a vaga, Teachings me venceu um jogo contra um lock de Life from the Loam e Raven's Crime, permitindo, com a Phyrexian Unlife na mesa, recapitular, buscando o Ad Nauseam no passe, para a vitória na volta.


Quanto ao Sideboard, precisava cortar alguma coisa para encaixar Echoing Truth, e acabei optando por Wear (Wear/Tear), que é para as mesmas situações (permanentes problemáticas), trocando a possibilidade de gerar um 2x1 contra alguns decks, como na Mirror e contra R/W Prision, pela versatilidade de bounçar qualquer coisa (Gideon of the Trials e Empty the Warrens principalmente).

 


Como não vinha sideando o terceiro Ethereal Haze, pelo fator não diluir demais o deck no pós-side mesmo contra decks rápidos (exceto Infect), cortei o terceiro em prol de Dragonlord Dromoka, como bomba escolhida, especialmente contra U/W, Grixis Control e na Mirror, impedindo o adversário de interagir com o seu combo.


Afora essas diferenças sutis, reitero minha opção por manter a lista a mais “reta” e linear possível, justamente para potencializar o plano principal do Combo sem ficar “enrolando” muito – o principal ponto forte do deck é a capacidade de ser proativo, contornar várias camadas de hate do adversário enquanto mantém uma velocidade razoável frente aos demais decks do formato, e cada “invenção” na lista acaba diminuindo a consistência e enfraquecendo essas forças do baralho.

 

Aberto CLM na Magic Domain
 

No Aberto do CLM, venci de Naya Blitz, Boros Burn e Abzan Loam, ID, perdi para R/G Tron; no Top 8, ganhei de Temur Midrange, R/G Tron (o mesmo do Suíço) e, Affinity, na final. Não pretendo me estender com um report, mas vou comentar algumas situações curiosas que aconteceram durante o torneio.


Contra o Boros Burn, ganhei o G1 e parti para o plano de SB “convencional”, que geralmente envolve tirar o Laboratory Maniac, já que o deck comba de Lightning Storm bem tranquilamente contra ele (saem os Spoils of the Vault evitando riscos de exilar lands/símios e alguma das kills), e não entrei com Echoing Truth. Ele abriu com Leyline of Sanctity e eu perdi, indo para o G3 onde voltei o Maniac, mas acabei não precisando dele para ganhar, já que ele veio sem Leyline.

 

Enfrentando o R/G Tron, no suíço, levei o primeiro game, mas nos G2 e 3 ele respondeu 2 Phyrexian Unlife meus em cada um dos jogos e não achei o Angel's Grace para combar. No G1 do Top 4, com ele na Play por ter passado em uma posição melhor, eu novamente tinha Phyrexian Unlife para combar no Turno 4, mas ele abriu com Ugin, the Spirit Dragon, que servia de resposta para os novamente 2 Unlifes que encontrei. No G2 combei achando um Ad Nauseam do topo no turno que a Lotus Bloom entrou, com a mão dele recheada de respostas e ameaças (vi pelo Thoughtseize), e disputamos um fatídico G3 que merece parágrafos à parte.

 


Com ele no play, minha Lotus Bloom entrou no turno 4, só que eu não tinha Angel's Grace ou Unlife, apenas Ad Nauseam. Ele tentou um Nature's Claim, e eu tinha uma mão que não teria como se recuperar a tempo já que eu tinha comprado ambos Lightning Storm e Laboratory Maniac e estava um pouco curto em fontes de mana (eu tinha perdido land drop e gerava manas com Gemstone Mine). Resolvi, então, conjurar um Ad Nauseam da mão, com 18 de vida. Comprei cerca de 12-15 cartas, dentre elas alguns Simian Spirit Guide, Pact of Negation, Pentad Prism, muitos terrenos, Ad Nauseam, Angel's Grace, Phyrexian Unlife, e parei com 3 de vida. Coloquei então o Unlife na mesa, e por precisar descartar na minha Cleanup Step, eu não tinha como manter suficientes peças do combo e terrenos para descartar para o Lightning Storm, então tive que abdicar dessa kill e descartar o excesso de terrenos.

 

 

Ele então utilizou de Ghost Quarter em um dos meus terrenos, e a Planície básica já estava na mesa. Perdi uma fonte crucial, que na hora de combar para Angel's Grace e Ad Nauseam, no turno seguinte, fez falta, justamente para conseguir a kill de Maniaco do Laboratorio e Serum Visions. Como estava com vida negativa, tive que fazer um Phyrexian Unlife, para não morrer, novamente segurando uma mão com 2 Pact of Negation, Laboratory Maniac, 2 Angel's Grace (já que eu iria perder na draw step) e dois terrenos desvirados, considerando que eu tinha apenas duas manas na mesa e uma delas já estava comprometida em pagar o Grace. Suspendi também várias Lotus Bloom.
 

Nesse turno, tive que anular alguma coisa que ele fez (acredito que um Nature's Claim no meu Unlife). Pacto, manutenção Angel's Grace, desço terceiro terreno. Passo, ele não fez nada de relevante, novamente eu preciso dar Angel's Grace, para não morrer na draw step, desço o quarto terreno, Laboratory Maniac. Minha última carta da mão é um Pact of Negation. Ele tenta interagir, eu novamente dou Pact, stacko os triggers das Lotus Bloom que iam entrar, de forma a conseguir pagar o Pact “na raça”, e, na minha Draw Step, a habilidade do Maniac, resolve e eu levo essa partida, sem cartas no deck, na mão, com um cemitério de quase 50 cartas e um warning de slow play nas costas tentando chegar nessa linha no turno do Ad Nauseam com Angel's Grace faltando mana para combar. Foi um jogo épico, desses que tanto eu, meu oponente e os espectadores lembrarão pelo resto da vida.
 

Já na final, morri no turno 3 para um Inkmoth Nexus com Chapeamento Craniano, enquanto que nos G2 e 3 Hurkyl's Recallme deu tempo para combar tranquilamente, acentuado por um azar dele no G3, com mulligan a 5 e o Recall quebrando dois Glimmervoid dele.

 

Outra situação curiosa foi a amiga Marcela Almeida acostumada com seu Mardu Opressor do Standard se aventurando for fun com o Ad Nauseam. Keep de uma mão com 3 terrenos, 2 Lotus Bloom, um Pentad Prism e um Simian Spirit Guide, os dois primeiros draws foram Ad Nauseam, Ad Nauseam, daí faz um deles “seco” no turno 3 com o Prisma e acha Angel's Grace na segunda carta para desvirar e matar no 4, com Lotus Bloom entrando. Pura magia!
 

-
Quanto a vocês, demais adeptos do deck, como os novos cards de Amonkhet vêm se comportando em suas listas, especialmente o Gideon? E quanto ao Sideboard, onde geralmente há a maior discrepância entre as listas, como têm preferido? Entre os decks atualmente no field, contra quais têm enfrentado maior dificuldade? Deixem suas opiniões nos comentários!
 

Abraços e até a próxima!

 

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Matheus Akio Yanagiura ( sandoiche_13)
Matheus Akio Yanagiura, mais conhecido como Sandoiche, é jogador profissional, escritor e streamer de Magic: the Gathering, produzindo conteúdo com foco para o competitivo do jogo desde 2012. Membro da equipe de e-Sports LigaMagic Bolts desde sua formação inicial, dentre seus resultados destacam-se a classificação para o Neon Dynasty Championship, o título do ManaTraders Series Legacy, o vice-campeonato da Twitch Rivals e o Top 8 do Magic LATAM Challenge, além do bi-campeonato do Circuito LigaMagic Modern e Top 16 Grand Prix São Paulo 2018 no Magic Tabletop.
Redes Sociais: Twitch, Facebook, Instagram, Twitter
Comentários
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(Quote)
- 21/05/2017 18:51:46

A única match que costumo tirar spoils costuma ser contra controls no geral. Você não tem massa de cartas o bastante para dar um 2 spoil caso o oponente countere um ad nauseum puxado por spoil!

(Quote)
- 20/05/2017 23:38:48
Complementando: acho 21 terrenos exagerado, usei por muito tempo mas não é realmente necessário. Boseiju no meu SB virou Dreadship reef.
(Quote)
- 20/05/2017 23:36:15

Não tenho enfrentado tantos Death shadow, mas para se preparar bem é interessante o Godhead no slot do bichão e Push nas remoções, como fez o Lambert. Não sou super fã de Nephalia Academy mas tem muita gente que gosta, talvez eu de uma chance pra elas em um field pensando em enfrentar mais descarte.

Não gosto de reflecting pool porque o deck muitas vezes precisa keepar com uma só mana, ou só tem essa desvirada no 1. Das rainbow, Gemstone e/ou City são as melhores. Acho 4 templos o mínimo também, e atualmente estou com 5.

Venha para o GP SP sim, vai ser a primeira vez que a cidade que tem um público enorme de Modern recebe um GP no formato. Eu não perderia por nada.

Abraços!

(Quote)
- 20/05/2017 15:19:27
Olá!

Sou piloto de Ad Nauseam e tenho como principal preocupação no atual meta é o Death Shadow. O deck é maioria no meta e possui em média 10 descartes (4 IOK, 4 Seize, 2 Drain). Para tentar contornar isso tenho colocado as 4 linhas brancas e também 2 Nephalia Academy no G2.

Uso apenas 2 Spoils porque prefiro jogar com 21 terrenos. Acha exagero? Uso apenas 3 templos no total, mas estou pensando em adicionar mais 2. Que entram em pé: 4 Gemstone Mine, 2 City of Bass e 2 Reflectning Poll (Estou pensando em tirar as 2 Reflectning Poll para colocar os 2 templos).

Estou pensando em jogar o GP SP e meu side por enquanto está assim para um ambiente diversificado:

2 Nephalia Academy (Acha que vale jogar 1 no main deck?)
4 Leyline of Sanctity
1 Pact of Negation
2 Capturar Pensamento (Contra eldrazis, trons, controle azul)
1 Dismember (prefiro em lugar do pacto preto, mas estou considerando usar Path)
1 Wrath of God (especialmente contra chords, affinity e outros decks de muitos bixos)
2 Retorno de Hurkyl
1 Verdade Reverberante
1 Aura of Silence (já fiz no segundo turno com ajuda de macaco e meu oponente de afinity não fez nada durante o jogo todo)

Estou pensando em colocar 1x Boseiju, mas acho que os 2 capturar pensamento já fazem o papel de tirar as anulações da mão do oponente.
(Quote)
- 20/05/2017 00:01:38

Valeu! Recebi a PMSG, e achei extremamente pertinente tanto ao artigo como aos que acompanham conteúdo específico para o deck, portanto vou colocar e responder por aqui nos comentários.

Fala brother, beleza?
Primeiramente bom dia, e parabéns por ser um piloto tão excepcional do Ad Nauseam.
Sempre li todo seu conteúdo sobre o deck e claro, sempre me ajudou muito. Reparei que você tinha andado perdendo uns games contra tron e inclusive solicitou em um dos artigos opiniões e etc sobre a match. Coincidentemente, jogo modern a muito tempo e meus dois pet decks sao o Tron e o Ad Nauseam, mas principalmente o Tron. Enfim, percebo que 99% do conteudo existente na internet propõe a retirada dos spoils pós side e eu acho isso um ERRO tremendo. Meu side in out e após isso explicações:

Out:
1-4 Phyrexian Unlife
In:
Thoughtseize (s)
E demais cartas que possam haver relevantes no side

Por que tirar unlife?
Eu como jogador de tron particularmente acho o unlife semi inutil na match. Primeiramente porque o tron no pós side tem no minimo umas 10 cartas para atacá-lo (walkers, ulamog, world braker, 3-4 natures pos side, oblivion stone algumas vezes que nao sao sideadas), segundo que o tron não ganha particularmente "atacando" e sim criando uma especie de lock com os planinaltas e exílios diversos com suas criaturas (lembrando sempre do world braker aqui também), ou seja, na questao tempo o phyrexian nao te adiciona tempo algum...

Por que deixar os spoils?
Pra mim essa justificativa de sidear eles pra nao correr o risco de perder o jogo é meio furada. O tron nao te retira sequer 1 de vida ao longo da partida antes do lock começar, isso na maioria das vezes é claro; quer uma carta mais maravilhosa que spoils pra essa match? Você sabe mais do que ninguem o poder da carta bem usada, apos varios scrys e cantrips diversas, o que faltar pro combo pós side (ad nauseam ou angels) certamente estará proximo do topo. Poxa, nao deu ceerto? paciencia, mas a gente sabe que na maioria devastadora das vezes vai dar certo e nesse caso da match contra tron, eu te garanto, vai dar mais certo que os phyrexian no pos side. o que queremos aqui é agilidade antes que o lock dele comece.

Por que subir thoughtseize?
Além dos motivos obvios, o que nao queremos é que o lock dele comece né? Principalmente levar karn turno 3, então vamos evitar isso, na maioria das vezes retirando o tutor de land que garantirá a ele fechar o tron rápido.

Desculpa se soou arrogante qq parte do meu texto, minha intenção jamais foi essa. Quero tentar dar um help depois dos milhares que vc já me deu com seus artigos ; )


Primeiramente obrigado de verdade pelo comentário, em nenhum momento soou arrogante, e eu também só sou alguém que joga com o deck há um tempinho maior, e não alguma espécie de autoridade suprema do assunto. Através dessa "troca" todos aprendem e saem ganhando.

Sidear os Spoils é tecnologia de outro ambiente e contexto, depois de o Ganz ter ganho GP Charlotte com esse plano de side (e institucionalizado o uso de Spoils no MD). Porém, hoje não apenas o Ad Nauseam já é um deck considerado ao montar um Side, mas o Tron também evoluiu e ganhou novas ferramentas. Cada Ulamog e Worldbreaker pros slots de Wurmcoil Engine que o digam.

Recentemente parei de tirar os Spoils, mas parti para um plano menos focado tirando vários 1-of, inclusive o Unlife. Mas ainda não tinha testado cortando mais cópias ou até todos, o que acaba sendo um plano plausível porque ele não interage com os Graces da mão. Novamente agradeço pela sugestão, colocarei em prática das próximas vezes que jogar a Matchup. E pode comentar aqui pela Ligamagic mesmo para que a informação siga sendo compartilhada e evoluída! Abraços!

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18/03/2024 10:05 — Por Matheus Akio Yanagiura