Três meses sem ele, nosso querido. Alguns disseram que ele foi dessa pra melhor, e que nossa vida sem ele está maravilhosa, já outros acham que foi a melhor escolha. É claro que estou falando do MC ZÓI DE GATO Deathrite Shaman.

 

Eu já falei sobre o quão saudável e diverso o Legacy está (AQUI, AQUI e AQUI), no entanto, os mesmos decks sempre são citados: Miracles, Grixis Control, Eldrazi, Death and Taxes e agora até Dredge. Como sempre falo da diversidade do formato, o artigo de hoje vai ser sobre decks diferentes. Nada 

de Eldrazi Stompy ou Sneak and Show stock list — Legacy também é formato de inovação!

 

 

Está na dúvida entre jogar com um Eldrazi 4/4 e um Germe 4/4? Não sabe se seu coração pende para o lado branco da força ou se vai para a ausência de cor? Quer continuar perdendo para blood moon como nunca? Então seus problemas acabaram! Chegou o UW Eldrazi Blade das Organizações Tabajara, esse eu agarantio!

 

Utilizando elementos marcantes tanto do Stoneblade quanto do Eldrazi Stompy, este deck junta o melhor de dois mundos: o pack de disruption dos Eldrazi (Fast mana+Chalice of the Void e Thought-Knot Seer) com o pack Stoneforge, True-Name Nemesis e Jace, the Mind Sculptor do Stoneblade.

Por ser um deck de Chalice, não compensa basear as cantrips em Brainstorm e Ponder. Uma vez que o número de Cálice mais poderoso é para 1, seria prejudicial demais travar o próprio deck, e é por isso que esta versão apela para Thirst for Knowledge, antigo all-star do Extended, que não só contorna Chalice e remove para Force of Will, como também descarta artefatos em excesso ou que não sirvam para a partida. A curva alta é notável e completamente justificável — além das 6 Sol Lands (3 Ancient Tomb e 3 City of Traitors), temos também 4 Talisman of Progress e 2 Azorius Signet, que mesmo sem as Sol Lands, permitem fazer um Walker ou TKS turno 3 e são a garantia suprema contra Blood Moon.
 

O sideboard é muito mais Stoneblade que Eldrazi, tendo cartas direcionadas para matchups, já que o maindeck bate de frente contra praticamente qualquer coisa.

 

 

Worldgorger Dragon foi banido no Legacy durante anos e foi criado um hype muito grande sobre sua possível volta gloriosa pro formato. Infelizmente foi só hype e nada de verdade aconteceu. No entanto, isso não impediu os brewers de trabalharem em inúmeras listas ao redor do Dragão, e nesse ano, o Grixis Worldgorger surgiu.

O deck opera como um híbrido entre um Grixis Control e um Reanimator. Baleful Strix e Snapcaster Mage estabilizam o jogo e compram cartas que te encontram as peças faltantes do combo o suficiente. O combo funciona assim: você reanima o Dragão utilizando um encantamento (Animate Dead ou Necromancy). Quando ele entrar em jogo, você vai ser obrigado a exilar todas suas outras permanentes, assim você pode gerar mana com os terrenos de pé, o encantamento vai sair, portanto o dragão volta para o grave, a habilidade de “leaves play” do dragão desencadeia e suas permanentes voltam para jogo de pé, o encantamento dá alvo no dragão novamente e você repete o processo quantas vezes quiser, gerando mana infinita para matar de Stroke of Genius, draw infinito com Baleful Strix ou com Desolate Lighthouse até achar as kill conditions. Diferente dos Reanimators convencionais, o Entomb nunca é um draw morto. O uso convencional da carta é colocar um bichão direto no cemitério, mas o texto diz: busque em seu grimório por QUALQUER CARTA. Ou seja, é possível tutorar o qualquer instant ou sorcery do deck e colocá-la direto no cemitério para recapitular com o Snapcaster, assim você tem um tutor para Stroke of Genius midcombo e também para suportar seu plano control buscando removals e descartes.
 

O sideboard complementa ambos os planos, transforma o deck em um Grixis control puro ou sobe criaturas monstruosas que causam extrema dificuldade em algumas partidas. E pelo fato do deck ser transformacional, é possível causar um certo desconforto e sensação de incerteza se o plano escolhido será o longo ou o rápido. Só não se esqueça de que, se o oponente remover o Dragão com a primeira habilidade na pilha, suas permanentes ficarão exiladas para sempre!

 

 

O ano é 2018 e a molecadinha só fala de Megaman, parece até que se esqueceram do Bomberman!
Bomberman é um combo que já foi muito famoso no Vintage e que vem ganhando popularidade no Legacy graças a duas “novas” cartas: Monastery Mentor e Walking Ballista, que permitem o deck operar sem cemitério e a combar infinito contornando tanto counters, quanto Ensnaring Bridge.

O combo é bem simples: com um Auriok Salvagers na mesa, você faz uma Lion's Eye Diamond, sacrifica para gerar 3 manas brancas, utiliza o Salvager para retorná-la com 1 mana no pool e repete o processo quantas vezes quiser. Com um Monastery Mentor você faz fichas infinitas; com uma Walking Ballista na mesa ou no grave (já que ela custa 0 e pode voltar com o Auriok) você causa dano infinito. Caso não tenha nenhuma outra peça para dar letal na hora, você pode retornar Mishra's Bauble, Urza's Bauble e Lodestone Bauble quantas vezes quiser e combar na volta com segurança.
 

O plano agressivo do deck é bem potente, uma vez que Monastery Mentor fica bom com qualquer coisa do deck e os Chalice of the Void ajudam as criaturas a sobreviverem. O deck roda com muito mana (7 Sol Lands, 4 Mox Opal), e é possível recorrer mais de uma vez por turno às Bauble, dando múltiplos draws por ciclo e pumpando o mentor 2~3 vezes por turno para finalizar rapidamente. Mesmo sem um Brainstorm ou Ponder, as 9 Bauble + Karn, Scion of Urza, além da recursão das Bauble com o Auriok, dão ao deck uma draw engine que garante bastante consistência.