Olá! Já faz algum tempo que não escrevo sobre Modern, um formato que gosto muito de acompanhar, mas que por motivos principalmente de agenda não consigo mais jogar com tanto afinco quanto antigamente - o grind no MTG Arena não pára, com a stream tanto na LigaMagic como no meu canal pessoal bombando, e a temporada Standard não deu trégua entre uma sequência de qualificatórios, Magic Fest, banimentos e afins.
Meu último evento no formato havia sido o Mythic Championship Qualifier em paralelo ao Brazil National Tour, onde acabei não terminando bem colocado... até poucos dias atrás, onde um Classificatório LATAM aconteceu na minha cidade, e para não deixar passar batido, botei o velho Valakut novamente para jogo.
Por estar afastado e não ter tido tempo de treinar adequadamente, não tentei reinventar a roda, e me ative ao que a maioria das listas vêm fazendo. Castelo de Pontegaren tomou o slot da terceira floresta básica, e optei por uma segunda cópia no lugar de uma terceira fetchland verde. Campo dos Mortos virou staple, assim como Veu do Verao, e terem sido banidos em mais um formato diz bastante sobre o power level de ambas. Um número saudável de respostas para Ashiok, Dissolvedor de Sonhos no sideboard pareceu justo, considerando essa ser uma das ferramentas mais utilizadas pelos BGx e UWx para tentar parar o plano do Valakut.
Já os slots flexíveis do deck principal naturalmente recaem para hatear as outras principais estratégias: Limo Acido de Mwonvuli é ótimo contra Tron, mirror e Amulet, enquanto que Centaura-cacadora de Crufix é a ferramenta para travar Burn e Humanos. A lista mostrou-se genericamente forte para os baralhos que enfrentei no torneio: Tron, Humanos, Jund, Death and Taxes, Jund e Burn, e depois de uma tarde no grind sagrei-me campeão do Classificatório, cravando minha vaga para a Final Modern do LATAM Series.
Dessa forma e com um objetivo em mente, passei a me dedicar mais nos últimos dias em acompanhar a evolução do metagame Modern, e claro cruzando essas informações com o que eu via acontecer nas lojas e grupos para tentar traçar um cenário, buscando equipar o meu próprio baralho com as ferramentas certas atualmente.
Para a minha surpresa, os últimos movimentos dos principais arquétipos do formato remetem mais ao que aconteceu em 2017, dois anos atrás. No momento da escrita desse artigo, os dois principais decks no MTG Goldfish são Eldrazi Tron e Grixis Death's Shadow. Ambos atuam no espectro "deck justo que faz coisas injustas", e acabam cumprindo o papel de polícia do formato, mantendo em xeque combos mais all-in que são disrupteados por Capturar Pensamento e Calice do Vacuo, e emplacando suas próprias jogadas injustas através de Sombra da Morte + Furia de Batalha Temur e Karn, o Grande Criador + Trelica Micossintetizadora.
O motivo pelo qual ambos os baralhos combinados como uma dupla tomaram as rédeas do formato? Urza, Grao-lorde Artifice e Oko, Ladrao de Coroas aliados de ferramentas "grind" como Emry, Espreitadora do Lago e Comando Criptico emplacaram um novo "deck a ser batido" no Modern, e uma das formas em que ele pode ser, efetivamente, batido, é combinando disruption pesada com o clock de criaturas rápidas, mas que agridem fortemente - coisa que ambos Eldrazis e Sombra/Gurmag fazem.
Talvez não em evidência como já estiveram, mais sempre firmes como escolhas Tier 1 seguras temos também a dupla Tron + Burn. Fazem anos que recomendo esses dois baralhos como escolhas fortes para quem deseja começar no Modern, e mesmo agora em 2019 (ou será 2017?) eles seguem postando resultados, classificando pilotos para eventos maiores e faturando canecos ao redor do mundo e no digital. Esses são os baralhos que sempre espero enfrentar em um determinado evento, desde à loja local até um de nível profissional, e por esse mesmo motivo cards como Baloth Obstinado, Reforcos Providenciais, Esfera Amortecedora e Mago Fulminador dificilmente saem de moda nos sideboards.
Por outro lado, se temos aqueles que mantém posição fixa no topo, também temos os que estão ascendendo nas fileiras e buscando o topo. A presença de Big Manas como o próprio Tron, Amulet Titan e Valakut repele os decks mais justos, como Jund e Azorius, que acabam sendo deixados de lado - criando um ambiente propício para um predador poderoso, o Infect. Elfo Brilhante e amigos aparecem cada vez nas primeiras mesas dos torneios, especialmente aqui em terras tupiniquins, onde tivemos um MCQ no Magic Fest cuja final foi uma mirror envolvendo marcadores de veneno.
Outro baralho que vem reganhando espaço é o Humanos - esse que foi um dos decks que acabou ajudando a destronar a dupla Eldrazi-Shadow do topo dois anos atrás, com matchups favoráveis contra ambos, volta com tudo nesse final de 2019. Além da boa partida contra os bichos-papões, assim como o Infect ele se aproveita de Tita Primordial e Karn Liberto tirando decks cheios de interação 1x1 com nomes diferentes e remoções globais do seu caminho, além é claro das ferramentas novas ganhas com Modern Horizons (principalmente na base de mana, ajudando o deck a não perder o gás por causa de flood).
Com o hate pesado em terrenos e artefatos, além das criaturas entrando em foco, um dos aspectos injustos do formato acabou sendo deixado mais de lado nas interações e sideboards - o cemitério. Depois do banimento de Pilhagem Infiel, muitos decks acabaram "afrouxando" na quantidade de Reliquia de Progenitus e Jaula do Escavador de Tumulos , e praticamente abolindo os hates super pesados como Descanse em Paz e Linha de Forca do Vacuo. Dredge, CrabVine e Izzet Storm encabeçam essas estratégias, explorando a "falta de respeito alheia", e juntos representam uma quantia até que significativa do ambiente como um todo.
Além dessas que são as principais estratégias de acordo com o MTG Goldfish, existe ali um grupo de baralhos que sempre acabam sendo representados por aqui, e eu certamente não gostaria de sentar-me para jogar contra na Final do LATAM despreparado para enfrentá-las. Os próprios "decks justos" Jund Midrange e Azorius Control são preferidos da galera; Druida Devotado é um tipo de combo que sempre está presente, independente de contar com Companhia Agrupada ou Final de Devastacao; outras variações de Sombra da Morte, como Mardu, Sultai e Jund também estão relativamente populares; e até alguns monocolores como Death and Taxes, Mono Red Prowess e Escamas Endurecidas podem aparecer na mão dos pilotos competentes, que carregam as respectivas estratégias de sua preferência ao topo.
E quanto a vocês, leitores, como enxergam o metagame do Modern atualmente? Quais decks esperam mais para a Final do LATAM? E qual acreditam ser a melhor forma de atacar o ambiente esperado? Algum baralho que consideram que estará presente e não foi citado aqui no artigo? Deixem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!


Nada a ver, fizeram pq o formato polarizou em volta dela, todo deck que utilizava grave tinha o card, phoenix, mardu pyro, hogaak, dredge, breach. Fizeram pq tinham de levar o phoenix junto e não queriam banir o card t2.