Banner LigaMagic
O Circo Quebrado
“Ele te oferece o que queres, não o que precisas.”
24/12/2021 10:05 - 4.829 visualizações - 11 comentários
 Banner LigaMagic

Poucos planos do Multiverso possuem um lugar bucólico, pitoresco e calmo como Eldraine. A vida no reino é simples e pacata e as pessoas preferem que seja assim. Mas não se engane, Eldraine pode ser um território relaxante, contudo a prova do seu valor é o que toda alma virtuosa anseia por aqui A vida cotidiana aqui reina em torno das cinco virtudes fundamentais: lealdade, conhecimento, persistência, coragem e força. Nobres ou camponeses, não importa sua classe, cada indivíduo se orienta por uma das virtudes; e cada virtude está atrelada a uma corte.


 

Nossa história traz a jornada de quatro cavaleiros exilados.


O primeiro deles é Syr Marah. No coração do Vale Arden está um anel mágico que queima eternamente, conhecido como A Roda da Lealdade. Qualquer pessoa que aspira a ser cavaleiro deve atravessar suas chamas e provar sua lealdade. As chamas mágicas detectam pessoas egoístas e motivos orgulhosos; aqueles que saem ilesos das chamas são considerados dignos e condecorados dentro do próprio anel. Aos que falham, resta somente as chamas, porém eles são imediatamente curados e proibidos de uma segunda chance.

 


No Vale do Arden os cavaleiros prezam pela lealdade, pois essa virtude impede que as pessoas ajam em proveito próprio; toda vitória pertence ao grupo e mesmo a glória de um cavaleiro solitário deve ser atribuída ao Vale. Essa virtude é a bússola que tenta impedir que a arrogância se espalhe pela corte.


Porém nem sempre somente a lealdade é suficiente para evitar isso.


Syr Marah havia passado no teste com louvor. Seus motivos eram realmente puros e a lealdade era sua força. Não havia cavaleiro mais destemido do que ela; incontáveis vezes, sua liderança foi decisiva para salvar companheiros ou acabar com rebeliões. Seu nome se espalhava rapidamente entre as tavernas e bardos do reino. Canções sobre suas façanhas eram escritas e em cada taverna, sempre havia alguém pronto a tocar alguma delas por uma dose de rum.


Infelizmente, toda essa glória começou a corromper o propósito dela. Com o tempo, ela começou a acreditar que as vitórias eram fruto de suas habilidades e apenas elas; que seus companheiros deviam suas vidas a ela. Mesmo um coração de luz pode esconder um local sombrio e a arrogância foi sua ruína. Syr Marah esqueceu-se dos valores fundamentais do Vale do Arden e um cavaleiro infiel não possui lugar na corte, por isso, foi exilada.

 

 

Nas névoas do Lago Mere, envolto a névoas em uma parte remota do reino, encontra-se o Castelo de Vantreza. É tido como o centro de estudo do reino e pesquisadores e membros de outras cortes buscam seus conhecimentos frequentemente. Para os cavaleiros de Vantreza, conhecimento é a maior virtude; mas esse conhecimento não pode ser engessado, como um mero tabu. O verdadeiro conhecimento reside na capacidade de sintetizar fatos diversos para obter uma maior compreensão dos sistemas e princípios. O inimigo do conhecimento não é apenas a ignorância, mas o pensamento rígido e as tradições ocultas. Os cavaleiros de Vantreza devem ser capazes de adaptar sua compreensão do mundo com base em novas informações e novas ideias.

 

 

Embaixo do Castelo Vantreza, submerso na água, está O Espelho Mágico acumulador de segredos. Seu verdadeiro nome é Indrelon, mas somente os habitantes do castelo o chamam assim. Diz a lenda, que o barrete vermelho mais tolo do mundo fez uma pergunta ao mais sábio do mundo; o sábio refletiu sobre a pergunta sem nunca encontrar a resposta. Após sua morte, a questão permaneceu magicamente, girando sobre si mesma, e o espelho tomou forma.


Para se tornar cavaleiro é necessário a aprovação do Espelho. O aspirante precisa contar ao Espelho um segredo que ele não conhece. Uma vez recebendo a dádiva do título, o indivíduo continua a buscar segredos para trazer para o Espelho. E um cavaleiro que relutou a fazer isso foi Syr Malacan. Syr Malacan era versado em diversos tipos de conhecimento, sabedoria e assuntos diversos, sendo procurados várias vezes para resolver questões complicadas. Diziam que até mesmo Gadwick, o Enrugado o procurava em algumas situações.


Mas Malacan não acreditava no conhecimento pragmático. Para ele, a pessoa deveria ficar estudando e acumulando conhecimento sem uma necessidade real de exercitá-lo. O conhecimento era visto como uma verdade imutável, e que o mundo deveria se adaptar e ele. Não o contrário. Embora fosse requisitado constantemente, Malacan era soberbo por ser achar superior aos demais. Seu conhecimento era somente compartilhado após muita bajulação, pois acreditava que sua sabedoria deveria servir aos seus benefícios. Se ele compartilhasse seus segredos facilmente, então não precisaria mais dele.


Suas crenças começaram a chamar a atenção da corte, afinal ele ia contra tudo o que Vantreza ensinava, e por isso foi exilado.

 

 


Enquanto por todo o reino temos cortes e seus castelos, em Brasoreth a situação é um pouco diferente. Isso porque esta “corte” não passa de um amplo pátio de treinamento. Não há paredes, fosso ou torres aqui. O que encontramos são salas de treinamento, arquibancadas e locais para justas, teste de arco e flecha e outras habilidades marciais. Somente os habitantes locais chamam Brasoreth pelo verdadeiro nome: Pátio Ardente. Cavaleiros e aspirantes de qualquer corte podem participar dos eventos, desde que possuam a coragem necessária para isso.

 

 


Ao lado do Pátio Ardente está o Rochaferro. Uma pedra enorme brilhando com o calor vulcânico. Para se tornar um cavaleiro de Brasoreth, um aspirante deve primeiro enfrentar o medo inspirado por sua superfície em brasa, a fim de mergulhar sua espada na pedra. Se forem realmente corajosos, podem puxar a espada de volta, mas se forem covardes ou impedidos pelo medo, a espada permanece presa em Rochaferro.


Diz a lenda que Ianthe foi a primeira a empalar a pedra com sua espada. Aqueles que se submetem ao teste, ouvirão vozes que somente eles podem ouvir e terão sua coragem testada. Quando um cavaleiro é considerado digno, o Rochaferro atribui à sua espada um nome lendário, imbuindo-a para sempre com seu poder.

 

 


Seus cavaleiros acreditam que coragem é a maior virtude, já que nada sem bravura pode ser considerado digno. Sem bravura, ninguém jamais tentaria uma coisa nova ou trabalharia para melhorar suas habilidades. Mas, com coragem no coração, nenhum desafio é grande demais.


O medo e a covardia são os inimigos do valor, então os cavaleiros de Brasoreth se esforçam para vencer seu medo. Eles são sábios o suficiente para saber que a verdadeira fuga do medo é impossível e, em vez disso, ensinam que o medo é a ferramenta mais valiosa. A coragem vazia é uma maneira fácil de se matar, mas a verdadeira coragem é saber usar o dom do medo como um motivador para a realização.


Aqueles que não aprendem a usar o medo ao seu favor, acabam perecendo por ele. Foi o caso de Syr Fenwick que subestimou seus inimigos uma vez. Em uma missão pelo reino, ele se deparou com barretes vermelhos; a princípio, ele apenas riu dos goblins, mas à medida que o grupo aumentava Syr Fenwick se deparou com uma situação onde sua vida esteve em jogo. Naquele dia, o medo tomou conta dele e optando pela vida, conseguiu bater em retirada diante de um inimigo.
Envergonhado de si mesmo, ele se exilou de Brasoreth

 

 

O próprio Castelo de Locthwain é uma fortaleza móvel e voadora - uma estrutura enorme flutuando nas nuvens de chuva, em constante movimento. O clima sob o castelo varia entre uma garoa leve e uma tempestade trovejante, dependendo (ou assim se diz) do humor de sua rainha. Ele pode pousar na terra ou na água, e a mesma magia que o mantém no alto pode baixar seus cavaleiros ao solo em nuvens de chuva menores e temporárias.


Em Locthwain a persistência é a virtude principal porque direciona as outras para um propósito. Persistência significa determinação, comprometimento e a recusa em desistir.

 

 

Seus cavaleiros são conhecidos por serem extremamente arrogantes, considerando-se superiores aos demais e altamente rancorosos, pois não se esquecem nem das questões mais triviais. Eles são pragmáticos o suficiente para fugir de uma batalha perdida, mas sua persistência garante que encontrarão uma maneira de retornar e derrotar seus inimigos. A persistência é o que move um cavaleiro para alcançar seus objetivos e suas riquezas. Não lutar pelo o que se deseja é considerado uma ofensa grave entre a nobreza.


A maior aspiração de um cavaleiro de Locthwain é tornar-se digno de empreender a busca pelo O Caldeirao da Eternidade – e posteriormente, casar-se com a rainha Ayara.  Mas a insistência por um objetivo pode encontrar seus limites na alma mundana. Syr Corliss, o Errante, iniciou sua demanda pelo Caldeirão da Eternidade. Sua determinação e força de vontade eram de ferro; ele se casaria com Ayara ou morreria tentando. Isso era o que ele acreditava, e o tempo se passou e nem um, nem outro aconteceu. Chegou um momento em que ele se perguntava sobre suas convicções e seu propósito, até que uma hora, ele simplesmente desistiu de tudo aquilo e em seu retorno, foi exilado de Locthwain.

 

 


Quatro cavaleiros exilados; quatro pessoas que possuíam as virtudes que acreditavam serem as essenciais para a vida. No final, todos falharam. No final, todos perceberam que lhes faltava algo a mais, algo que completasse suas virtudes. E coube a Roda da Fortuna unir os caminhos desses quatro exilados nas terras selvagens. Embora essas terras sejam traiçoeiras e perigosas, em raras ocasiões a magia que envolve esse lugar consegue ser benéfica. 


Enquanto caminhavam pela escura floresta e conversavam sobre seu passado, uma visão pitoresca surgiu diante deles. Algo que, normalmente, jamais seria encontrado num lugar como esse: a tenda de um circo. Era uma única tenda, com suas faixas brancas e vermelhas verticais. Uma flâmula desgastada estava no topo e, estranhamente, parecia não haver entrada alguma nele. No que parecia ser a “entrada”, havia um púlpito onde uma pessoa estava sentada atrás, fumando um cachimbo. À medida que se aproximaram eles perceberam que não era bem uma pessoa, mas sim um goblin.


Syr Fenwick rapidamente sacou sua espada, mas os demais fizeram sinal para que se contivesse. Aquele não era um barrete vermelho, era um goblin diferente do normal. Possuía uma barba avermelhada e também tinha um barrete, mas não era vermelho e sim feito de cogumelos. Estava sentado relaxadamente quando os quatro se aproximaram e em nenhum momento se assustou com o impulso do Syr. Ele cheirava a terra e coisas antigas, e soltava arcos de fumaça enquanto sorria para os aventureiros.


E o mais impressionante de tudo, era que ele falava de forma clara.

 

 


“Quatro errantes, que perdidos no coração estão. Mas a Fortuna riu para vocês e seu bom amigo, Grumgully talvez possa ajudá-los.” E mais algumas espirais de fumaça foram lançadas ao ar.


“E que ajuda um goblin tolo pode oferecer a nós?” Bradou Syr Malacan.


“Ora, ora, há mais aqui do que os olhos podem ver. Entrem em meu circo, se tiverem coragem, e apreciem o espetáculo. Hoje a entrada é de graça para vocês.”


“Pelo visto, esses cogumelos já o deixaram louco. Este circo está com defeito, nem entrada tem. Como entraremos se não há entrada?” Indagou Syr Marah.


Dando uma última e prolongada tragada em seu cachimbo surrado, o goblin olhou para trás e, como num passe de mágica, uma entrada surgiu. Espanto e desconfiança tomou conta do rosto dos quatro cavaleiros, afinal as terras selvagens eram conhecidas por incontáveis ciladas e armadilhas.


“E o que encontraremos aí dentro?” Syr Corliss perguntava desconfiado.


“Talvez o que procuram; talvez nada; talvez vocês mesmos.”


Por fim, eles decidiram entrar. Eles entraram todos de uma vez, mas assim que a entrada se fechou, toda a luz do lugar se foi. Eles tentavam se comunicar, mas não havia resposta. Os gritos morriam nas gargantas e eram abafados. Unanimemente, todos pensaram que foram vítimas das emboscadas das terras selvagens, e enquanto os pensamentos minguavam e a luz se apagava, cada cavaleiro pensava sobre seu destino.


Quando Marah abriu seus olhos, ela estava dentro de um lago escuro e frio. Assustada, ela tentou nadar em direção à superfície, mas era inútil. Era como se não saísse do lugar. De repente, ela sentiu um par de mãos em seu rosto. Uma tritã surgiu do nada, com olhos vazios e o toque, como da morte.

 

 

 
Marah lutou, mas era impossível se desvencilhar das suas garras. Sem mexer os lábios, ela ouvia a voz da tritã. Um som funesto que reverberou em sua mente.


“Pobre cavaleirinha perdida. Seus pés estão no chão, mas você está dentro até o pescoço, não é?”


As palavras ecoaram, e Marah entendeu do que se tratava. A voz falava da sua arrogância e como ela estava atolada até o pescoço em si mesma.


“Lealdade sem conhecimento, é apenas sentimentalismo.”


E então, um clarão surgiu do lago sombrio e quando Marah olhou novamente, ela estava diante do O Espelho Magico. Ela não entendia como aquilo era possível; aquele lugar não podia ser Vantreza. E outra vez, a voz ecoou em sua mente.


“Compartilhe seu segredo mais sombrio e o Espelho revelará a essência de sua alma.”


Uma forte torrente surgiu e o salão começou a se encher. Ela olhava para o espelho e a sentença se repetia, uma cadência atormentadora. Embaixo a água começava a subir e em sua frente, a imponência do Espelho Mágico


Será que ela deveria fazer o que a voz lhe dizia? E o que aconteceria quando o Espelho soubesse seu segredo mais sombrio?


Marah encarava o Espelho com temor enquanto a água chegava à sua cintura.

 

*****


Quando Malacan olhou ao seu redor, parecia que tudo estava maior. A mesa era enorme, as paredes e os utensílios sobre a mesa. Por um momento, ele pensou que estava num covil de algum gigante até começar a ouvir uma risada histérica atrás dele. Atrás dele havia uma fada, com seus longos cabelos azuis-esverdeados e que também era gigante.


Mas foi nesse momento que Malacan percebeu que não era o lugar que era gigante, e sim ele que estava pequeno. Pior. Quando olhou para suas mãos, elas eram de brinquedo. Todo seu corpo parecia como um brinquedo infantil. Em suas costas, uma manivela de corda em forma de borboleta. Sadicamente, a fada o pegou e começou a girar a manivela e depois o soltou no chão.


Ele caminhava e fazia suas tarefas mecanicamente. Girava e rodopiava e quando a corda parava, a bruxa o pegava novamente e dava corda outra vez. E outra vez; e de novo; e de novo.

 

 


“Aqueles que limitam seu conhecimento estão fadados a mesmice e jamais alcançam a autonomia de realizar atos de bravura.”


Malacan compreendeu o sentido daquilo. Por todos esses anos, seu conhecimento estava estagnado e ele não era capaz mais de aprender o verdadeiro conhecimento. Estava preso nas cordas do tabu. Faltava-lhe a coragem para expandir sua mente e ir buscar novos conhecimentos que o mundo poderia trazer.


A fada o pegou novamente, mas dessa vez não deu corda. Ela o desmontou em cinco partes e ao lado dele colocou outras cinco peças totalmente diferentes das originais. Fazendo um gesto com as mãos, ela deu a entender que ele é quem escolheria com qual peça seria remontado.


O que nosso soldadinho deveria escolher? Arriscar peças novas ou continuar com as que ele sabia que funcionavam?

 

*****


Quando Fenwick abriu os olhos, ele rapidamente percebeu que alguém estava em perigo. Uma camponesa estava caída no chão e um terrível gigante se aproximava dela. A situação estava clara: se ele não agisse ela seria esmagada. Quando pegou sua espada e se preparou para avançar, uma voz ecoou em sua mente.


“Por que te preparas para atos tão fúteis?”


Sem acreditar no que estava ouvindo, Fenwick prontamente respondeu: “porque é a coisa certa a se fazer.”


E com todo seu ímpeto, partiu para cima da criatura que quase já alcançava a pobre camponesa. Com um único golpe, o gigante caiu. A moça, em prantos, o agradecia pela sua bravura e coragem. Mas antes mesmo que ela terminasse de falar, outra moça surgiu e outro gigante. Sem se deixar abalar, ele partiu em direção ao embate e derrubou aquele gigante também.


Mas então, outra moça e outro gigante surgiram. E mais uma moça, e mais um gigante; e outro, e outro e outro.


E a voz falou novamente.


“Por acaso seus atos mudam o mundo? Sempre haverá alguém para ser salvo. Que diferença faz salvar agora ou depois, salvar um ou dez?”

 

 


A pergunta o pegou desprevenido. O mundo é um lugar cruel e sempre haverá pessoas precisando de socorro, sendo assim, o que é um ato de bravura quando outras dez atrocidades ocorrem ao mesmo tempo?


Cada pedido de socorro reverberava e cada garota repetia o pedido como um eco numa caverna. A persistência em atos de bravura era suficiente para lidar  com  todas aquelas situações? Sua espada tremia em sua mão enquanto ele olhava para aquelas pessoas em perigo. 


No final, um ou dez fariam diferença?

 

*****


Quando Corliss abriu seus olhos, atrás dele havia uma pira de madeira e em suas mãos, uma tocha argêntea. A noite trazia sua escuridão e ele estava de pé, alerta para qualquer incursão que surgisse. Mas ao longo do caminho havia outros faróis para serem acesos, e somente ele carregava uma tocha enquanto os demais escudeiros estavam de mãos vazias.


A noite avançou e ao longe ele foi o primeiro a ver. Uma horda de barretes e trolls emergia das terras selvagens. Rapidamente, ele acendeu seu farol e emitiu o sinal de alerta, porém os outros não fizeram o mesmo. Precisavam de sua tocha para disparar o sinal.

 


 

E então veio a voz.


“Se você partir agora, sua tarefa estará concluída. Não é problema seu que eles foram descuidados.”


A horda se aproximava cada vez mais e os escudeiros, parados como estátuas, aguardavam a tocha de Corliss para acenderem seus faróis. Mas por que ele faria isso por eles? O que ele devia a aquelas pessoas?


O tempo corria e Corliss olhava para seus companheiros; suas vidas estavam em suas mãos e ele precisava decidir antes que não houvesse mais tempo. 


Estaria a lealdade acima do senso de sobrevivência?

 

*****


Os quatro despertaram ao mesmo tempo. Estavam no chão, olhando para as copas escuras das terras selvagens. Não havia sinal do estranho circo, nem do goblin falastrão, ficando somente os cavalos esperando pelo regresso dos donos. Silenciosamente, cada um se levantou e caminhou em direção ao seu cavalo. Ninguém comentou de sua experiência preferindo guardar para si mesmo o que vivenciaram naquele lugar. 


Mas uma coisa era certa, em seu caminho de volta perceberam o que lhes faltava e descobriram que a vida de uma pessoa pode ser regida por mais de uma virtude.

Leandro Dantes ( Arconte)
Leandro conheceu o Magic em 1998 e, desde então, se apaixonou pelo Lore do jogo. Após retornar a jogar em 2008, se interessou por lendas, o que resultou por despertar a paixão pela escrita. Sempre foi mais colecionador do que jogador e sua graduação em Pedagogia pela Ufscar cooperou para que ele aprimorasse e desenvolvesse um estilo próprio. Autor de alguns contos, todos relacionados ao Magic, já traduziu o livro de Invasão e criou sua própria saga com seu personagem, conhecido como Arconte.
Redes Sociais: Facebook
Comentários
Ops! Você precisa estar logado para postar comentários.
(Quote)
- 26/12/2021 22:38:06

E o Lore atual está seguindo uma linha muito boa. Acredito que a Wizard está acertando o prumo agora. É aquilo né, a gente acreditando desacreditando kkkkkk

(Quote)
- 26/12/2021 22:09:24

ótimas festas para ti também, e cheguei a fazer um colab com ele bem no início do ano, antes de ele desativar o canal. Ano que vem estou bem ansioso com essa releitura do Brothers War, vamos ver os trabalhos que conseguiremos fazer com a galera aí para ano que vem,

(Quote)
- 26/12/2021 15:47:31
Arconte meu caro, aproveitando a oportunidade pra, além de lhe desejar um ano tão prolifico quanto o que esta acabando (em especial, pela volta que teremos a Dominaria), engrossar o coro em prol de um intenso colab entre você e o canal Invokando...Seu conhecimento, junto da capacidade de organização e ilustração de roteiro do Marcos (espero ter acertado o nome do rapaz, hahaha), tem muito mais a fornecer a nossa tão desacreditada Lore (q, torço, tende a ter melhores momentos - dadas as mudanças recentes)! Forte abraço!
(Quote)
- 25/12/2021 22:12:15

Vlw meu querido!!!!

(Quote)
- 25/12/2021 20:23:25
Sensacional :D
Últimos artigos de Leandro Dantes
Quem Mexeu no Meu Mana?
Um assunto muito comum entre os jogadores, porém, através do Multiverso, ele desapareceu: O mana.
3.128 views
Quem Mexeu no Meu Mana?
Um assunto muito comum entre os jogadores, porém, através do Multiverso, ele desapareceu: O mana.
3.128 views
29/02/2024 10:05 — Por Leandro Dantes
O Natal de Saheeli
E se a Terra fosse mais um plano do Multiverso?
3.333 views
O Natal de Saheeli
E se a Terra fosse mais um plano do Multiverso?
3.333 views
22/12/2023 10:05 — Por Leandro Dantes
Mitologia e Cultura em Ixalan
Um panorama de algumas referências dentro da coleção
3.623 views
Mitologia e Cultura em Ixalan
Um panorama de algumas referências dentro da coleção
3.623 views
25/11/2023 10:05 — Por Leandro Dantes
O Lore por detrás do Lore
A resolução final de Elspeth Tirel
2.789 views
O Lore por detrás do Lore
A resolução final de Elspeth Tirel
2.789 views
29/09/2023 10:05 — Por Leandro Dantes
Zhalfir, o Plano fora do Tempo
Alguns dos questionamentos que ficaram com o retorno de Zhalfir
4.005 views
Zhalfir, o Plano fora do Tempo
Alguns dos questionamentos que ficaram com o retorno de Zhalfir
4.005 views
20/07/2023 10:05 — Por Leandro Dantes