Saudações WebWalkers!

 

Este fim de semana o Magic nos fará entrar mais uma vez no universo de D&D, lançando a coleção Commander Legends: Batalha por Portal de Baldur! A peculiaridade desta vez é que o pré lançamento será, em sua maioria, no formato de Draft. 

 

Por conta da pandemia, eu não pude jogar o Draft da coleção passada de Commander Legends, então estou extremamente ansioso para finalmente experimentar essa mistura de formatos. E eu acredito que muitos de vocês também perderam essa oportunidade, e devem estar sentindo mais ou menos a mesma coisa que eu agora.

 

Justamente por conta dessa mistura e de ainda ser “semi-novidade”, eu começarei o artigo dando uma geral no básico do que se trata esse evento de pré-lançamento, suas regras e formato, para então chegar nas construções de decks e dicas de jogo. Lembrando que para conferir a galeria de cards, acesse este link, e para entender melhor as mecânicas da coleção, este link. 

 

 

 

 

Parece confuso, mas acaba sendo bem simples. Vamos por partes:

 

 

1.  Num pré-lançamento, temos a oportunidade de criar um deck com cartas vindas diretamente dos boosters da nova coleção, para depois jogar com outras pessoas dentro deste evento.

 

Aqui será a mesma coisa: recebemos um kit com boosters, uma carta promo (que pode ir no deck) e um dado de vinte lados.

 

2.  Mas no pré-lançamento de Commander Legends, o kit contém três boosters com 20 cartas cada. E fazemos um Draft para montar nosso deck.

 

3.  Neste draft, nós escolhemos 2 cartas por vez até que todos os boosters terminem. Depois construímos um deck de Commander com no mínimo 60 cartas, contando os terrenos e comandante(s). Por fim, as pessoas são divididas em mesas de quatro jogadores (se possível), e se inicia a batalha com cada um tendo 40 pontos de vida!

 

 

Atenção! As cartas do deck devem respeitar a identidade de cor do(s) comandante(s), porém aqui a regra de singularidade é quebrada. Isso significa que por fazermos um draft, podemos ter várias cópias de uma mesma carta dentro do nosso deck de Commander.

 

 

 

 

 

O importante é ter em mente que precisamos o máximo possível de cards úteis nas cores que queremos jogar, e para decidir as cores, há vários caminhos. Os mais comuns são: pela combinação de cores favoritas, ou pelas cartas bombas e super poderosas que tiramos nos boosters. Isso geralmente é fácil num draft comum, imaginem que estamos selecionando cartas para montar um deck preto e verde, e de repente no último booster vem aquele planeswalker verde e azul super forte! É só adicionar algumas fontes de mana azuis e criamos um splash. Porém em draft de Commander Legends não funciona assim, podemos pegar a última carta super poderosa para a coleção, mas se ela não encaixa nas cores dos comandantes, ela não pode ir no deck.

 

Por isso a estratégia que eu indico e que eu vou usar, é já definir as cores nas passagens iniciais do draft. Seja pelas cores preferidas, ou pela lendária, ou pelas bombas.

 

  

 

Se minha carta promo foi uma Miirym, Dragao Sentinela, por exemplo, eu vou procurar desde o início fazer um arquétipo de dragão nessas três cores, e aproveitar o leque de possibilidades que elas me dão. Mas daí vamos supor que eu não tive quase nada bom de verde ao longo do draft, e entre minhas cartas finais está a Lozhan, Legado dos Dragoes, talvez compense eu reduzir o deck para duas cores e usá-lo como comandante. 

 

Por isso o foco em cartas úteis em determinadas cores nos permitirão montar um deck coerente e divertido. E não necessariamente precisamos começar com lendárias, se logo no início encontro um Anjos de Batalha de Tyr e um Homicidio, por exemplo, eu vou pegar essas cartas (uma sendo uma criatura super poderosa e a outra uma remoção)  e então eu procuro opções de comandantes brancos e pretos.

 

  

 

Independente de como se começa a escolher, o foco deve ser juntar cartas úteis de determinadas cores, e não acabar com um monte de cartas onde só umas 20 delas servem, e daí ter que fazer um deck de 60 cartas no qual 40 delas são terrenos, péssimo! 

 

 

 

Já que eu comentei brevemente sobre uma construção de deck ruim, vamos falar agora qual seria a ideal. Começando por terrenos, a média indicada é de 25 terrenos para um deck de Commander de 60 cartas no formato limitado. A quantidade de cores e o que chamamos de “pedras de mana” podem alterar um pouco isso para mais ou para menos.

 

  

 

Algumas cópias de Sinete Arcano e/ou Morsa de Bronze, por exemplo, corrigem super bem nossa curva de mana e cores, além de que a Morsa ainda manipula o topo do deck. Lembrando que por ser Draft, podemos ter mais de uma cópia da mesma carta no nosso deck. E em jogos de Commander os turnos iniciais são geralmente de preparação, por isso correção e aceleração de mana possuem um valor incrível! E este selado tem vários cards de artefatos que ajudam nisso, sendo que  a maioria deles custa entre 2 e 3 manas. Então abrir uma mão inicial com algum deles já é uma ótima vantagem para os turnos iniciais. 

  

 

Terrenos que aumentem nossas possibilidades de mana colorida também são essenciais, o ciclo de portões do qual pertence o Portao da Cidadela ou o clássico Torre de Comando, por exemplo, são certeza de serem adicionados em decks multicoloridos. Numa improvável situação de um deck selado monocor, claro que cartas assim não seriam necessárias.

 

Em selado, o jeito mais comum de se ganhar, é atacando com criaturas, por isso o número delas no deck ou cards que gerem fichas de criaturas são muito relevantes também.

 

  

 

Felizmente a Batalha por Portal de Baldur trouxe os cards com Aventura de volta, o que possibilita recursos 2 em 1. Por exemplo, Ettercap // Tiro de Teia possui a aventura Tiro de Teia para uma remoção de voadores, e depois pode ser conjurado com um bom corpo para defesa. Enquanto Trombeta de Valhalla é um artefato com a aventura Chamado de Ysgard que cria fichas de criaturas, ajudando o próprio efeito do equipamento.

 

E é claro, além destes cards, teremos nosso(s) comandante(s) disponíveis na zona de comando, então vamos falar disso agora.

 

 

 

Justamente pelos comandantes serem um recurso quase garantido, um bom deck é quando conseguimos criar uma interação entre um comandante e nossas outras cartas. Vou usar como exemplo a Gut, Zelote Alma Verdadeira combinada com o antecedente Cultista do Absoluto.

 

  

 

O arquétipo do preto e vermelho nesta coleção é de sacrifícios, para conferir todos os arquétipos quando as cores são combinadas, chequem as cartas multicoloridas incomuns da coleção, todas elas fornecem um caminho para seguir com aquelas cores. Neste exemplo, eu vou buscar cartas durante o draft que fortaleçam tanto a Gut, Zelote Alma Verdadeira quanto o antecedente dela.

 

Ao conseguir os cards e montar o deck, eu quero criar uma sinergia constante em campo. Então quando eu tiver minha comandante + o antecedente em campo e conjuro também, por exemplo, um Mahadi, Mestre do Emporio, eu posso criar fichas de esqueleto e tesouro constantemente. Ou seja, ataco com a Gut, sacrifico uma criatura para gerar um esqueleto no combate + um tesouro no fim do turno, e ao retornar no meu próximo turno, na manutenção, posso sacrificar esse esqueleto para o Cultista do Absoluto, e no ataque o tesouro para a Gut, repetindo o ciclo… claro que isso tudo idealmente sem oponentes atrapalhando os meus planos. 

 

  

 

Por fim, adiciono remoções para não bloquearem, truques de combate e mais cards que interajam com os sacrifícios/saída de campo, como um Diabrete Nefasto, e está montado meu campo de batalha! Bem agressivo, do jeito que eu e a Gut gostamos!

 

Lembrando que toda vez que um comandante volta para a zona de comando, ele passa a custar +2 cumulativos por vez que ele retornou. Então para estragar a estratégia de alguém, uma dica é remover tantas vezes o comandante que ele se torna impagável, mas o mesmo vale para a gente, por isso proteger os nossos é bem importante.

 

  

 

A Bane's Contigency é um exemplo direto de como um card se beneficia ao proteger o comandante do seu deck. Voce Ve o Tarrasque é um card com opção tanto para defesa, quanto o ataque, mas que em ambos os casos protegem uma ou mais criaturas. E não pensem que o comandante de vocês estará seguro só porque vai ficar tranquilo lá sem atacar, esse formato está forçando o ataque constantemente, nada de jogo parado!

 

 

 

 

Só para ilustrar de um jeito simples como essa coleção vai forçar a gente a atacar constantemente, olhem os cards Fogo-fatuo Atrativo e ´Fanaticos de Tiamat. O primeiro card faz ficar mais atrativo (como o próprio nome diz) para todo mundo atacar a pessoa escolhida por último, e o segundo card trás uma das habilidades da coleção que é a Miríade, excelente para formatos multiplayer.

 

Mas não é só aí que as coisas terminam, muitos cards possuem a habilidade de Atiçar. Ou seja, eles forçam as criaturas a atacarem mesmo se elas não quiserem (inclusive o comandante que a gente só queria deixar lá paradinho). O vermelho, como reizinho da provocação, possui a maior quantidade de cards com essa habilidade, como a Coroacao do Caos e outros. Além disso, há um ciclo de auras comuns como o Impeto Psiquico que atiçam a criatura e beneficiam quem controla a aura, quando essa criatura ataca.

 

 

 

Ainda achou pouco até agora? E se a gente, além de causar dano, ganhássemos alguma coisa extra? Que tal a dianteira do jogo? Essa nova palavra chave de assumir a dianteira, presente em cards como Rilsa Rael, Chefona e Aventureiro da Montanha Subterranea, causará uma guerra constante para dominar e completar primeiro o Submundo.

  

 

  

 

Além dos bônus de cada sala do Submundo, muitos cards ficam melhores ao completarmos a masmorra. E mesmo que esse formato esteja focado em ataques, ainda há criaturas com grande valor de defesa para proteger sua dianteira e manter a exploração da masmorra com você. Criar fichas de criaturas e usá-las para bloqueio também é uma saída interessante, pois o Submundo trará muitos benefícios, mas também um alvo gigante nas costas de quem o estiver controlando. 

 

 

 

 

É isso, por fim uma pessoa será a campeã da mesa e terá a glória do Submundo e dos portões de Baldur! O comandante será alçado ao hall da fama e o Magic nunca mais será o mesmo depois dessa coleção (assim como nunca o é a cada novo lançamento! rs) Desejo boas batalhas nesse pré-lançamento e jogadas tão épicas como só o formato commander consegue proporcionar. 

 

 

1. normalmente remoções de encantamentos são um pouco esquecidas, porém os Antecedentes são encantamentos que funcionam como comandantes. De repente vale a pena adicionar algumas no deck ein! 

 

2. entre a abertura de novos boosters, temos um tempinho para checar como andam nossos cards. Isso é muito precioso para controlarmos nossa estratégia e tomarmos as decisões seguintes.

 

Têm mais alguma dica, querem fazer alguma análise ou falar com qual tipo de deck vocês querem jogar? Deixem aqui nos comentários.

 

Cuidem-se, bons jogos, e até o próximo artigo!