Eae galera!
Estou de volta com a minha série de artigos que tenta mostrar para vocês os arquétipos dos decks de Magic para entendermos melhor como se comportam e funcionam cada um deles. Hoje falarei um pouco do arquétipo que é considerado por muitos como o mais poderoso do Magic: The Gathering: O Aggro-Control.
Mas você deve estar dizendo, oras um Aggro-Control é um deck que possui tanto cartas para agressão como para controle. Na verdade ai está o erro. Esta é uma definição equivocada do real significado de Aggro-Control. A realidade é que esses decks possuem cartas e mecânicas que permitem que ele se comporte tanto como Aggro, tanto como Control dependendo da situação em que o jogo esteja, sem que necessariamente sejam exclusivas para esse papel.
Outra coisa que não é necessariamente uma regra, mas que acontece muito é que os decks desse tipo contém a cor azul. As cartas dessa cor são as mais versáteis e geralmente os counters e cartas de compra estão nessa cor, então infelizmente quando tratamos de Aggro Control parece irreal fugirmos do uso do Azul.
Historicamente podemos afirmar que quando um deck Aggro Control é realmente bom, ele domina o formato. Temos exemplos bem recentes de como decks com esse perfil dominaram completamente o formato, de cabeça posso lembrar do UB Faeries e do Caw-Blade. Esses baralhos dominaram completamente o Standard de alguns anos atrás, o segundo inclusive exigiu um banimento das cartas chaves, que a época eram Stoneforge Mystic e Jace, the Mind Sculptor , pois simplesmente deixava o deck tão poderoso que acabava prejudicando o formato.
Para exemplo temos o UB Faeries utilizado por Paulo Vitor Damo da Rosa no Pro Tour Hollywood 2008.
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Esse é o exemplo clássico do que um Aggro Control precisa. Desde os terrenos escolhidos até as mágicas instantâneas, esse deck pode mudar uma postura de jogo muito rapidamente e alternar o papel de aggro e controle numa partida diversas vezes numa partida pois suas cartas permitem esse tipo de jogo.
Digo isso pois existem partidas que o arquétipo pode assumir uma postura totalmente control, até certo momento em que ele se sinta confortável para assumir o papel de agressor e se a situação sair do controle ele pode voltar a assumir o papel de controle. Se nós analisarmos as cartas que pertencem ao conjunto podemos citar diversos exemplos de cartas que funcionam bem nas duas situações, dando como exemplo Spellstutter Sprite.
Essa carta claramente tem uma habilidade muito forte, anular uma mágica de custo 1, pelo menos, por apenas 2 manas e ainda sobrar um corpo 1/1 voador. Mas existem situações que você vai simplesmente fazer a criatura no final do seu turno para se tornar o agressor e gerar mais ameaças para o seu oponente sem ter que esperar necessariamente ele jogar uma mágica compatível com o custo que você conseguiria anular. Existe claro o cenário que essa carta vai anular uma mágica e gerar mais pressão na mesa, sendo esse o cenário ideal para a utilização , porém ela pode ser aproveitada das duas maneiras com muita eficácia pelo deck.
Como eu disse até os terrenos possuem essa versatilidade como os man lands que são importantes na hora que o deck tem que ser aggro porém podem servir em momentos defensivos também por isso é muito importante saber o momento de utilizá-los
Falando nisso, esse aspecto muito importante com esse tipo de deck. A tomada de decisão, o melhor momento para utilizar cada uma de suas cartas já que elas possuem essa grande versatilidade e consequentemente nos leva a cometer erros quanto a sua utilização. Cada situação deve ser analisada para maximizar o poder das suas cartas, por exemplo com o UB Faeries era muito comum jogadores não saberem a hora de utilizar um Cryptic Command. Muitos guardavam para counterar alguma jogada do adversário quando deveriam, por exemplo, utilizar para abrir o caminho e puxar mais dano contra o adversário, ou ainda o caso que eu citei anteriormente da Spellstutter Sprite.
Em alguns momentos você simplesmente não pode assumir o papel de controle e você tem que perceber isso ao longo da partida e partir para cima do adversário, pois se mantiver a postura de controle provavelmente você perderá. O mesmo acontece em partidas que se você se tornar o Agressor pode perder, pois simplesmente não tem recursos para agredir o outro deck.
Como eu havia dito no artigo anterior, esses erros para serem minimizados precisam de muito treino e análise das match-ups sendo um fator determinante para o sucesso com esse tipo de baralho. Mas esse arquétipo exige muito mais que isso, ele exige um conhecimento de como flui e funciona o jogo. Ai você fala, "mas LeoZeraH eu não tenho esse conhecimento como faço?" Eu digo que você adquire isso com experiência jogando, vendo outros jogarem ou lendo, e assim, seu conhecimento sobre o jogo só aumenta, facilitando em muito essa parte da tomada de decisão e de postura que esse deck exige do piloto para ser masterizado.
Eu adoro esse tipo de deck, pois são muito legais de jogar, cada partida pode ser completamente diferente da outra, mesmo que as cartas continuem as mesmas. Ao meu ver, isso deixa o ambiente muito mais interessante e divertido, pois recompensam muito a skill do jogador, algo que muitos dizem estar sumindo do Magic atual, eu concordo em partes mas isso, vou deixar para falar um outro dia.
Bom, por hoje eu vou ficando por aqui, se ficou alguma dúvida ou se tiverem alguma sugestão não deixem de comentar ai embaixo.
Um grande abraço a todos, muito obrigado por lerem e até a próxima.
UB devoid / ingest?
Daria pra fazer em outras cores?
Mas mesmo assim, ta ok! Ótima postagem novamente ;)
Cara a lista do post é do t2 de mil anos atras serio que voce joga com deck e nao sabe a origem dele nem como ele se comportava fora do modern?
Acho legal a dinâmica dos aggro-control. É bem legal esta variação entre aggro e control que o deck proporciona, dependendo do jogo ou do momento do jogo.
Um deck bem control que eu acho muito absurdo é o Miracles. Cara, aquilo é muito louco! rs
Também, os control são decks bem chatinhos de se lidar, principalmente quem joga com combo... rs
Parabéns mais uma vez e continue assim!
O resultado era um deck aggro que controlava o campo, a mão do oponente e obtinha muito Card Advantage. Bastante divertido e forte.