Eae galera!

Hoje trago para vocês o último artigo da minha série onde mostro todos os arquétipos, já foram mostrados Aggro, Control, Combo e Aggro-Control e hoje falaremos um pouco sobre o último deles o Midrange.

Bom, tentando falar de forma simples Midrange é um deck aggro porém um deck control ao mesmo tempo. Veja bem não estou falando que ele é um deck Aggro-Control, a diferença aqui é que ele possui cartas dos dois tipos, porém diferente do Aggro-Control suas cartas não tem a versatilidade de mudar a postura no meio da partida.

Ele é um deck aggro pois em sua maioria possui uma quantidade razoável de criaturas, a diferença é que esse tipo de baralho utiliza criaturas melhores que as do seu oponente, que fazem o papel de controle em vez de tentar removê-las. Por exemplo um deck puramente aggro teria diversas criaturas 2/2. 3/3 por um baixo custo de mana, enquanto o Midrange teria diversas criaturas 4/4 que por sua vez controlam a mesa pelo seu poder fazendo com que as criaturas do adversário não causem mais impacto no jogo.

Com o passar dos anos, esse tipo de deck vem se tornando cada vez mais aparente, graças as criaturas estarem cada vez melhores, com habilidades mais impactantes e com custo cada vez mais acessível para esse tipo de deck. Além disso os decks Aggro de alguma forma não possuem mais tanta explosão, tornando mais fácil para o midrange segurar melhor o inicio. Além disso, a inclusão dos planinautas tornou o Midrange um arquétipo muito mais viável, já que os planinautas conseguem atacar a partir de ângulos diferentes cada matchup tornando os decks midrange muito mais versáteis do que há alguns anos.

Acho que nos últimos anos, o maior exemplo de deck midrange que podemos notar certamente é o Jund. O Jund para quem não conhece é um deck Vermelho, Preto e Verde que combina Disrupts na forma de descartes, remoções e ótimas criaturas. O sucesso desse deck se deve claro as cartas disponíveis no formato, mas a ideia é que ele possui cartas ótimas para suprir todos os papéis que um deck midrange precisa.

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Analisando a lista utilizada por Jeremy Dezani para chegar ao top 4 do GP Verona em 2013 podemos ver que esse deck possuía todos os elementos citados. Possui ótimas criaturas, como Huntamaster of the Fells e Thragtusk que realmente empoem grande presença na mesa e conseguem impedir a investida do adversário facilmente. Além disso possui remoções baratas e eficientes que são essenciais para se controlar a mesa. Ele também tinha tinha acesso a descartes devastadores como Rakdos Return e claro que não poderia deixar de citar a presença dos planeswalkers, que como eu disse anteriormente, ajudam na versatilidade, como no caso da Liliana of the Veil, que pode tanto controlar a mesa quanto a mão do oponente.

Além de possuir as cartas necessárias para funcionar o deck midrange precisa saber como se comportar em cada matchup específico para maximizar o seu sucesso, já que eles normalmente não tem uma postura definida e vai depender muito da mão inicial para definir como o baralho vai se posicionar em cada match up específico.

Por exemplo, contras decks aggro, o midrange vai precisar segurar o early game para conseguir baixar as suas criaturas e estabilizar a mesa, muitas cartas desse tipo de deck podem ser inúteis no começo então procure mão rápidas com remoções baratas para contornar a velocidade do oponente aggro. Se tudo ocorrer como planejado as suas cartas ficam melhores com o passar do tempo enquanto as do deck aggro vão ficando cada vez piores. A maneira mais comum de perder para um baralho agressivo jogando de midrange é uma abertura muito explosiva do oponente enquanto a sua não é tão eficaz. Além disso, os burns são seu inimigo mortal, portanto tente não ficar com um total de vida muito baixo. Mas no geral os decks midrange superam aggros com bastante facilidade.

Já a partida contra decks control não é realmente o sonho do jogador de midrange. Suas cartas não conseguem controlar e suas criaturas não são rápidas o suficiente para acabar com o jogo. O baralho control normalmente vai chegar a um ponto que vai comprar diversas cartas e vai deixar você para trás. Mas hoje em dia com o advento dos planinautas essa partida fica um pouco melhor, esse tipo de permanente não é fácil para um controle lidar, portanto se você impor uma certa pressão no começo do jogo e seu oponente não conseguir responder seja ao planeswalker, seja as suas criaturas, a partida pode se tornar um pouco mais favorável, mas mesmo assim não será fácil de maneira alguma.

Já contra combos vai depender somente do tipo de deck que você está utilizando. Se o seu midrange for como um jund e possuir criaturas rápidas e disruptions eficientes você tem grandes chances de se sair vencedor. Se o seu midrange não possui essa interação tudo vai depender da velocidade do clock que você impõe no oponente e a sorte propriamente dita, já que por natureza os decks de combo tendem a finalizar o jogo muito mais rápido que um deck midrange.

Na hora de sidear com esse tipo de deck tenha em mente o que eu disse que você precisa para ganhar cada tipo de matchup.

Contra aggros, busque respostas rápidas para segurar aquele rush inicial pois o late game é a seu favor, tente tirar as cartas que não causam nenhum impacto na mesa para que elas não atrapalhem a sua curva.

Contra controles você tem que tentar não ficar com cartas que não gerem valor para você, uma criatura grande porém sem nenhuma habilidade relevante provavelmente será removida facilmente pelo adversário portanto procure cartas que lhe dêem algum tipo de valor. Outra coisa importante é tentar balancear entre cartas para pressionar o oponente no começo e cartas que fortes para o final do jogo.

Já contra combos você vai ter que possuir cartas específicas para combater esse tipo de deck, os chamados hates e claro mais disrupt. Tente não deixar cartas que podem ser consideradas mortas nesse tipo de partida.

Finalizando, midranges decks são muito jogados nos ambientes atuais pois realmente conseguem ganhar de uma boa parte do metagame. De tempos em tempos surgem decks como o jund que conseguem dominar graças ao poder das cartas disponíveis, mas no fim midranges são boas opções para se jogar.

Minha série acaba aqui, espero que vocês tenham gostado e se possível me mandem sugestões para uma nova série, para que eu possa ajudar cada vez mais os jogadores de Magic a evoluir.

Muito obrigado por lerem e um grande abraço a todos!